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Êxodo: Deuses e Reis (filme)
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Êxodo: Deuses e Reis

Avaliação:
8/10

8/10

Crítica | Ficha técnica

Sai Noé, entra Moisés. Êxodo: Deuses e Reis adapta a história bíblica de Moisés para criar um filme épico com imagens deslumbrantes, como se esperaria do diretor Ridley Scott, o veterano criador de Gladiador, Alien, o Oitavo Passageiro e Blade Runner, o Caçador de Androides.

Aqui, vemos Moisés (Christian Bale) como um prestigiado general egípcio, mais preparado até que o futuro faraó Ramsés (Joel Edgerton).  A primeira imagem que arrebata o espectador revela as megaconstruções das cidades e pirâmides egípcias, utilizando cruelmente os escravos hebreus como mão de obra. Depois que Ramsés assume o posto de seu falecido pai, descobre a origem hebreia de Moisés e o expulsa de sua cidade.

Então, Moisés constitui família e vive tranquilo até receber a mensagem de seu deus, que surge em forma de um menino. Com isso, assume a missão de liderar o povo hebreu à liberdade. Por fim, após investidas infrutíferas contra o poder egípcio, seu papel acaba sendo o de negociador, falando em nome de seu deus.

As pragas do Egito

Desde o início do filme, o espectador aguarda o clímax da abertura do Mar Vermelho. Mas, é antes surpreendido com as impactantes cenas, algumas até repugnantes, das pragas do Egito. São elas as armas que o deus hebreu utiliza para conseguir convencer o faraó a libertar seu povo. A crueldade dessas calamidades é assustadora, porém, após atingir impiedosamente o filho de Ramsés, este resolve ceder e expulsa os hebreus de sua terra.

Então, começa o êxodo do povo hebreu em direção à Canaã. Ramsés, sempre ambíguo, muda de ideia e resolve perseguir os ex-escravos para aniquilá-los. Eis que surge a aguardada cena do Mar Vermelho. O mar se abre de forma natural, pela força da correnteza, mas quando se fecha o espetáculo visual surge, já próximo do final do filme.

Ridley Scott ensina em Êxodo: Deuses e Reis como a computação gráfica deve ser utilizada no cinema. Por mais grandiosas que sejam as construções e monumentos egípcios, tudo soa real, e não fantasia, como vemos em muitos filmes. Os combates também, mesmo envolvendo milhares de pessoas, focam nas lutas individuais para envolver o espectador.

O vilão

O vilão Ramsés, vivido pelo ator de Wish You Were Here, Joel Edgerton, é o personagem melhor construído do filme. Ele está no poder, mas sua fraqueza de caráter acaba aparecendo em decisões ambíguas e cruéis. Além disso, sua incapacidade de reinar fica evidente durante toda a exibição.

Já Moisés se mostra mais forte como general egípcio. Por outro lado, no papel de líder religioso, sente-se desconfortável e até discorda de seu deus. Christian Bale (o Batman de O Cavaleiro das Trevas), atua de forma apenas suficiente para convencer em cenas difíceis como as da aparição de deus. O seu melhor momento é aquela sequência comovente onde ele precisa abandonar sua família.

Adicionalmente, o filme conta ainda com coadjuvantes de primeira linha. Por exemplo, Sigourney Weaver (antiga colaboradora de Scott, vide Alien), Ben Kingsley e John Turturro elevam o nível do elenco como um todo.

Enfim, sem entrar no debate sobre a precisão histórica do filme, Êxodo: Deuses e Reis é um megaespetáculo que entretém.


Ficha técnica:

Êxodo: Deuses e Reis (Exodus: Gods and Kings, 2014). 150 min. Dir: Ridley Scott. Rot: Adam Cooper, Bill Collage, Jeffrey Caine e Steven Zaillian. Com Christian Bale, Joel Edgerton, Ben Kingsley, John Turturro, Aaron Paul, Ben Mendelsohn, Maria Valverde, Sigourney Weaver, Hiam Abbass, Isak Andrews, Ewen Bremner, Indira Varma, Golshifteh Farahani, Tara Fitzgerald, Hal Hewetson, Giannina Facio.

Onde assistir:
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