Encerrou-se ontem a 74ª. edição do Festival de Cannes, com marcas históricas.
Primeiro, porque retoma o evento presencial, formato que não foi possível assumir no ano passado devido à pandemia da Covid-19. Além disso, a formação do júri contou com uma inédita maioria feminina. Ademais, o júri, pela primeira vez, é presidido por um negro, Spike Lee.
E, para completar a lista de marcas históricas, o Festival de Cannes premiou com a Palma de Ouro um filme dirigido por uma mulher. O filme vencedor é “Titane”, da francesa Julia Ducornau. Antes dela, somente Jane Campion conseguira esse feito em 1993, com seu longa “O Piano”.
Dois filmes dividiram o Grand Prix: “Ghareman”, de Ashgar Farhadi, e “Hyti Nº6”, de Juho Kuosmanen. Já como melhor diretor, o festival premiou Leos Carax, com o filme “Annette”.
O prêmio de melhor roteiro foi dado a Hamagushi Ryusuke e Takamasa Oe, pelo filme “Drive My Car”. E, houve empate também no prêmio do júri, dividido entre “Memoria”, de Apichatpong Weerasethakul, e “Há’Berech”, de Nadav Lapid.
No quesito atuação, Cannes premiou Renate Reinsve, por “Verdens Verste Menneske” (“The Worst Person in the World”) e Caleb Landry Jones, por “Nitram”.
O Brasil também recebeu prêmios nesta edição do Festival de Cannes. “Céu de Agosto”, de Jasmin Tenucci, recebeu Menção Especial entre Curta-Metragens, e outro curta, “Cantareira”, de Rodrigo Ribeyro, garantiu o terceiro lugar na Mostra Cinéfondation.
Confira os demais prêmios no site do festival aqui.
(foto: “Titane”/divulgação)