Pesquisar
Close this search box.
Poster de "Ghostbusters: Apocalipse de Gelo"
[seo_header]
[seo_footer]

Ghostbusters: Apocalipse de Gelo

Avaliação:
6/10

6/10

Crítica | Ficha técnica

A franquia Ghostbusters parecia morta por causa do fracasso de Caça-Fantasmas (Ghostbusters, 2016), de Paul Feig, com protagonistas mulheres. Mas, ressuscitou com Ghostbusters: Mais Além (Ghostbusters: Afterlife, 2021), de Jason Reitman, que trouxe personagens novos bacanas e um enredo fiel ao original de 1984. Ghostbusters: Apocalipse de Gelo é a sequência direta do filme de Jason Reitman (filho de Ivan Reitman [1946-2022], diretor dos dois primeiros longas dos caça-fantasmas).

O novo filme cai perigosamente na fórmula do procedural usada nas séries. Ou seja, os mesmos personagens enfrentam um novo desafio a cada episódio. Desta vez, a turma tenta impedir que uma antiga força do mal, despertada por engano, congele a cidade de Nova York e o mundo.

O orçamento generoso do filme permite a elaboração de efeitos visuais de ponta. Assim, traz de volta alguns icônicos seres fantasmagóricos (como o boneco de marshmallow agora em versão mini e o bicho verde glutão), e novos monstros. Alguns deles, tão bem-feitos que poderiam assustar de verdade num contexto puramente de terror. De dar inveja nos realizadores independentes do gênero.

Apostando nos personagens

Se a trama não traz novidades, os personagens precisam sustentar o interesse. A herdeira do pioneiro Egon Spengler, Callie (Carrie Coon), e seus filhos Trevor (Finn Wolfhard) e Phoebe (McKenna Grace) formaram uma nova família com Gary Grooberson (Paul Rudd), e se instalaram na antiga sede dos Ghostbusters, na ex-casa de bombeiros em Nova York. Phoebe, a adolescente super inteligente, se consolida como a personagem mais carismática da turma, e assume agora certo protagonismo. Trevor, por sua vez, virou o carinha atrapalhado das piadas de segundo plano (por exemplo, ele pega um saco de salgadinhos que se espalham pelo chão porque o fundo está rasgado).

Já a intenção de apresentar um grupo de adolescentes tão forte quanto os de Os Goonies (The Goonies, 1985) e da série Stranger Things (que conta com Finn Wolfhard) não vingou. Por isso, os outros teens do filme anterior, Lucky (Celeste O’Connor) e Podcast (Logan Kim), participam pouco nesse filme. Da mesma forma, a química do casal Cally e Gary é fraca e sem graça.

Entre os nomes antigos, Dan Aykroyd e Ernie Hudson possuem considerável protagonismo. Enquanto isso, Annie Potts novamente fica num papel acessório, e Bill Murray surge em participação especial. Além disso, dois novos personagens entram em cena. O Nadeem de Kumail Nanjiani deveria ser um herói malandro no estilo Han Solo, mas parece apenas um esboço disso. A fantasma Melody (Emily Alyn Lind), pelo contrário, é uma personagem muito rica, com suas contradições e, com mais ousadia da produção, poderia ir mais fundo se ousasse entrar num relacionamento amoroso com Phoebe, o que fica apenas nas entrelinhas.

Contudo, ousadia está longe de ser a palavra de ordem em Ghostbusters: Apocalipse do Gelo. O medo do fracasso deixou o filme em temperatura morna.   

___________________________________________

Ficha técnica:

Ghostbusters: Apocalipse de Gelo | Ghostbusters: Frozen Empire | 2024 | EUA | Direção: Gil Kenan | Roteiro: Gil Kenan, Jason Reitman | Elenco: Carrie Coon, Mckenna Grace, Finn Wolfhard, Paul Rudd, Bill Murray, Ernie Hudson, Annie Potts, Logan Kim, Celeste O’Connor, Kumail Nanjiani, Emily Alyn Lind, Oswalt,

Trailer original:

Onde assistir:
Ernie Hudson e Bill Murray no filme "Ghostbusters: Apocalipse de Gelo"
Cena de "Ghostbusters: Apocalipse de Gelo"
Compartilhe esse texto:

Críticas novas:

Rolar para o topo