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Guerra Entre Planetas (filme)
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Guerra Entre Planetas

Avaliação:
7/10

7/10

Crítica | Ficha técnica

Guerra Entre Planetas”: horror e fantasia nesta famosa sci-fi dos anos 1950

“Guerra Entre Planetas” é uma ficção científica dos anos 1950 que apresenta uma forte tendência para o gênero horror. Por um lado, pela trilha sonora angustiante, e ensurdecedora em alguns momentos, mas também pelo assustador monstro mutante alienígena. Pode não amedrontar hoje, mas imagine como ficaria essa criatura num filme contemporâneo. Essa tendência para aterrorizar é até um pouco esperada, pelo fato de o filme ser produzido pela Universal, que cresceu explorando monstros famosos nas décadas anteriores.

Na trama, o engenheiro nuclear Dr. Cal Meacham (Rex Reason) recebe uma misteriosa correspondência contendo um manual com instruções para construir um equipamento desconhecido. É um “interocitor”, que ele constrói sem saber que está passando por um teste que Exeter (Jeff Morrow) promove. Esse inovador aparelho possui áudio e vídeo e os dois conseguem se comunicar à distância.

Exeter conta que está recrutando os melhores cientistas da Terra para um projeto secreto. Logo, Cal aceita o serviço e um avião sem piloto o leva para as instalações de Exeter. Lá, Cal encontra a Drª Ruth Adams (Faith Domergue), uma cientista com quem ele flertara antes em uma conferência. Estranhamente, Ruth afirma não o reconhecer.

Na verdade, Ruth e seu colega Dr. Steve Carlson (Russel Johnson) desconfiam de todos, porque naquele lugar alguns dos outros cientistas passaram por uma espécie de lobotomia e perderam controle de suas mentes. Mas, assim que percebem que Cal é confiável, os três tentam escapar de carro. Então, uma pequena nave alienígena os persegue, mas Ruth e Cal conseguem escapar.

Crítica à ameaça nuclear

Exeter, porém, captura-os e todos partem em uma nave espacial para Metaluna, planeta de origem de Exeter. O alienígena explica que inimigos, do planeta Zegon, estão atacando seu povo, e por isso eles precisam de cientistas da Terra para transformar chumbo em urânio, e conseguir mais energia nuclear. Apesar da compreenderam a necessidade, Cal e Ruth questionam o fato de terem que ajudar à força. Essa indagação continua no ar até mesmo após a chegada da nave a Metaluna, quando todos terão que lutar pelas suas vidas.

Como muitos filmes pós-Segunda Guerra Mundial, “Guerra Entre Planetas” também critica o uso da energia nuclear para fins militares. Desta vez, especificamente sobre obrigar cientistas a trabalharem seus conhecimentos para esse fim. Mas não trabalha uma mensagem pacifista de fato, o que outras produções da época fizeram com maior veemência.

Em termos de produção, o filme acerta nas caracterizações da nave espacial e das instalações alienígenas, sem fugir à visão futurista daquela época. A paisagem de Metaluna, quando vista de cima, soa surpreendentemente atual, com muitas crateras à vista. Porém, os cenários pintados ao fundo retrocedem ao tempo de Georges Méliès.

Os momentos finais, com a presença do monstro mutante de Metaluna atacando a mocinha Ruth, dão o clima de horror de “Guerra Entre Planetas”. Essa mistura de ficção científica, fantasia e horror atraiu bastante público na época de seu lançamento, e lhe reservou um lugar como um dos filmes mais famosos da história nesse gênero.


Ficha técnica:

Guerra Entre Planetas (This Island Earth, 1955) 87 min. Dir: Joseph M. Newman. Rot: Franklin Coen e George Callahan. Com Jeff Morrow, Faith Domergue, Rex Reason, Lance Fuller, Russell Johnson, Douglas Spencer, Robert Nichols, Karl Ludwig Lindt.

Assista: Top 10 Sci-Fi Movies of All Time by Cinefix

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