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Poster de "Hannah Sobe as Escadas"
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Hannah Sobe as Escadas

Avaliação:
4/10

4/10

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Crítica | Ficha técnica

Hannah Sobe as Escadas (Hannah Takes the Stairs) faz parte da produção independente estadunidense iniciada em 2002 que ganhou a alcunha de Mumblecore. Como na Nouvelle Vague e no Dogma 95, seus jovens cineastas eram amigos. Entre eles, Greta Gerwig, Noah Baumbach, Mark e Jay Duplass, Andrew Bujalski, Lynn Shelton, e Joe Swanberg. Faziam um cinema de baixíssimo orçamento, filmando com câmera digital, sem roteiro ou sem uma narrativa clássica, e contando com atores não profissionais (muitas vezes eles mesmos). O objetivo final é o naturalismo.

No seu segundo longa, LOL (2006), o diretor Joe Swanberg contou com Greta Gerwig no elenco, que estreava no cinema diante das câmeras – como diretora, ela faria seu primeiro filme em 2008 (Nights and Weekends). Gerwig faz o papel-título de Hannah Sobe as Escadas, novamente sob a direção de Swanberg. O filme acompanha alguns dias da vida dessa jovem artista que começa a trabalhar em uma produtora de audiovisual. O namoro que tinha acaba, e ela se envolve com seus colegas de trabalho. Fugindo dos usuais modelos narrativos, a trama não se move para frente, é como um retrato em slow motion desse momento da vida da protagonista. Hannah tampouco passa por um arco de desenvolvimento – o que permite que o título possa ser interpretado como “a fila anda para Hannah”, devido à troca de seus parceiros.

Em busca do naturalismo

Embora os dogmas do Mumblecore existam para produzir um cinema naturalista, a falta de um roteiro bem definido e de atores com mais preparação resultam no oposto, no artificialismo. As situações não parecem fluídas, pois devem ter surgido no momento, ou no mínimo não foram ensaiadas. Então, não conseguem convencer que são os personagens falando. Em muitos casos, a conversa é chata, as brincadeiras sem graça. Até mesmo uma simples despedida demora para terminar.

Insistindo ainda na perseguição do naturalismo, são os próprios atores que tocam as músicas no filme. Porém, alguns não sabem tocar – como Greta Gerwig no trumpete, insuportável. As imagens digitais, da mesma forma, são muito feias, ainda mais porque as filmagens acontecem com a câmera na mão, em movimentos abruptos e closes próximos demais. As muitas cenas de nudez acompanham a mesma intenção, mas não ajudam nada.

Enfim, o Mumblecore foi importante porque abriu as portas para cineastas que construiriam uma carreira de sucesso, principalmente Gerwig e Noah Baumbach. Mas, isso não evita que alguns de seus filmes, como esse Hannah sobe as Escadas, representem uma experiência cinematográfica horrenda.

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Ficha técnica de “Hannah Sobe as Escadas”:

Hannah Sobe as Escadas | Hannah Takes the Stairs | 2007 | 83 min | EUA | Direção: Joe Swanberg | Roteiro: Joe Swanberg, Greta Gerwig, Kent Osborne | Elenco: Greta Gerwig, Kent Osborne, Andrew Bujalski, Ry Russo-Young, Mark Duplass, Todd Rohal, Tipper Newton, Kris Rey.

Onde assistir:
Rapaz e moça sentados num sofá brincam com uma mola de plástico
Cena de "Hannah Sobe as Escadas"
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