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Poster de "Harold e o Lápis Mágico"
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Harold e o Lápis Mágico

Avaliação:
6/10

6/10

Crítica | Ficha técnica

Diretor da trilogia A Era do Gelo (2002 [co-diretor], 2006, 2009), dos dois Rio (2011 e 2014), e de O Touro Ferdinando (2017), Carlos Saldanha é o brasileiro que, de fato, construiu a carreira na indústria estadunidense. Especializou-se na animação, o que faz de Harold e o Lápis Mágico uma transição suavizada para o live action. O inteligente enredo do filme se baseia na coleção de livros infantis escritas por Crockett Johnson (1906-1975), sobre um menino de quatro anos que possui um lápis mágico que transforma seus desenhos em coisas reais. No filme, o Harold adulto entra no mundo de verdade quando seu narrador de repente para de falar.

Acompanham-no nessa jornada seus amigos Alce (Lil Rel Howery) e Porco Espinho (Tanya Reynolds), que adquirem formas humanas. Um menino chamado Mel (Benjamin Bottani) logo se afeiçoa de Harold, e o ajuda a encontrar o idoso que falava com ele. Sem receio de usar seu lápis mágico nesse novo mundo, Harold e seus amigos logo se metem em confusões, o que provoca o receio da mãe de Mel, Terry (Zooey Deschanel).

Nessa mistura de A Rosa Púrpura do Cairo (1985) com Coração de Tinta (2008), o tom se mantém leve o tempo todo. Embora seja uma live action, o filme nunca se afasta da conexão com o desenho animado. Na trama, o poder do lápis não ganha uma abordagem tão absurda quanto de fato é. Embora improvável, parece possível, tanto que o vilão da história, Gary (Jemaine Clement), decifra que o homem que Harold busca é o autor Crockett Johnson. Essa aproximação com os cartoons proporciona um dos trechos mais divertidos do filme. Enquanto a mãe Terry toca uma música típica dos desenhos animados num piano criado por Harold, uma correria danada começa ao redor.

Para as crianças de férias

Seguindo a pegada infanto-juvenil, e talvez uma influência feminista, o vilão não quer matar ninguém, mas sim conquistar o amor de Terry. O problema é que ele não aceita a recusa dela (daí a abordagem moderna contra o assédio). O infantilizado Harold não quer ter nada a ver com isso, mas encara um duelo com Gary – bem morno, aliás, valendo na disputa quem tem mais criatividade para desenhar algo que derrote o adversário.

Harold e o Lápis Mágico pretende ser uma diversão leve, para os baixinhos mesmo. Para quem busca uma dica para entreter as crianças nessas férias que estão começando, esse filme é uma boa pedida. Vale pela coexistência do real com a fantasia, na ideia e nos ótimos efeitos visuais.

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Ficha técnica:

Harold e o Lápis Mágico | Harold and the Purple Crayon | 2024 | 90 min | EUA | Direção: Carlos Saldanha | Roteiro: David Guion, Michael Handelman | Elenco: Zachary Levi, Lil Rel Howery, Benjamin Bottani, Jemaine Clement, Tanya Reynolds, Alfred Molina, Zooey Deschanel.

Distribuição: Sony Pictures.

Trailer:

Onde assistir:
Cena de "Harold e o Lápis Mágico"
Cena de "Harold e o Lápis Mágico"
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