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I Wanna Dance with Somebody - A História de Whitney Houston
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I Wanna Dance with Somebody – A História de Whitney Houston

Avaliação:
6/10

6/10

Crítica | Ficha técnica

Cinebiografias de estrelas da música costumam ser burocráticas. Entre as raras exceções, está o recente Aline – A Voz do Amor (Aline, 2020), a divertida biografia disfarçada de Celine Dion dirigida por Valérie Lemercier. I Wanna Dance with Somebody – A História de Whitney Houston (Whitney Houston: I Wanna Dance with Somebody, 2022) soa convencional. O que é uma opção acertada para a sua limitada diretora, que assim realiza um filme que não compromete.

Kasi Lemmons iniciou sua carreira em 1996 na direção de um curta. Mas não é muito prolífica. Além de algumas direções de episódios de séries, assinou apenas cinco longas antes deste sobre Whitney Houston. Entre eles, o fraquíssimo Harriet (2019), no qual falha em louvar o heroísmo de uma personagem histórica.

E I Wanna Dance with Somebody – A História de Whitney Houston até apresenta algumas qualidades. Por exemplo, não regressa até a infância da biografada para contar sua história. A narrativa começa quando Whitney (Naomie Ackie) está já no final da adolescência, cantando gospel na igreja e em boates junto com sua mãe Cissy (Tamara Tunie), que é sua mentora musical. É a mãe, uma cantora profissional, que abre as portas para a carreira de Whitney, dando-lhe espaço para mostrar seu talento para Clive Davis (Stanley Tucci), o produtor que a acompanhará em todos os seus discos.

Infelizmente, sempre tem aqueles que prejudicam a artista. No caso de Whitney Houston, um deles é o seu pai John (Clarke Peters), que torra o seu dinheiro. E o outro é o seu marido Bobby Brown (Ashton Sanders), que a faz afundar nas drogas. Por outro lado, Whitney pôde contar sempre com o apoio de sua amiga e ex-namorada Robyn Crawford (Nafessa Williams).

Apresentando Whitney Houston

O enredo dá a devida ênfase ao sucesso precoce e inédito de Whitney, aos 23 anos, quando lançou seu álbum de estreia. E também porque alcançou várias vezes o topo das paradas da Billboard com suas canções. Isso é necessário porque a cantora morreu precocemente, aos 48 anos em 2012, portanto as gerações de espectadores mais recentes não conhecem a importância dessa artista.

Na verdade, o que eleva Whitney Houston a um patamar acima de outras tantas cantoras de sucesso é o alcance de sua poderosa voz. Por isso, a atriz Naomie Ackie não arrisca usar sua própria voz no filme, que conta com as gravações da própria Whitney. Nesse quesito, o filme demonstra isso corretamente. Em uma sequência no meio da trama, vemos um dos músicos da sua banda lhe propor que cantasse um medley desafiador, que só ela poderia cantar. Então, na parte final do filme, após vermos a queda de Whitney por conta de problemas pessoais (com o marido e com o pai) e, principalmente, de drogas, vemos o seu retorno triunfal, com a íntegra de sua apresentação do medley. Dessa forma, mesmo quem não conhece música ou a carreira da artista entende o motivo de toda a ovação da plateia durante sua apresentação.

I Wanna Dance with Somebody – A História de Whitney Houston não inova o cinema biográfico. Mas é um filme bem realizado, e atesta uma evolução da diretora Kasi Lemmons.

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Ficha técnica:

I Wanna Dance with Somebody – A História de Whitney Houston | Whitney Houston: I Wanna Dance with Somebody | 2022 | 144 min | EUA | Direção: Kasi Lemmons | Roteiro: Anthony McCarten | Elenco: Naomie Ackie, Stanley Tucci, Ashton Sanders, Tamara Tunie, Nafessa Williams, Clarke Peters, Daniel Washington.

Distribuição: Sony Pictures.

Trailer:
I Wanna Dance with Somebody
Onde assistir no streaming:
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