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Independence Day: O Ressurgimento (filme)
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Independence Day: O Ressurgimento

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

“Independence Day: O Ressurgimento”: Piadas demais para um filme catástrofe

A maior proeza de “Independence Day: O Ressurgimento” foi conseguir reunir muitos dos atores que participaram do filme de 1996. Com isso, conseguiu uma transição suave dos personagens e da estória para 20 anos depois. Até mesmo o diretor Roland Emmerich e o co-roteirista Dean Devlin estão de volta.

Os habitantes da Terra aproveitaram a vitória sobre os invasores alienígenas para absorver parte da tecnologia deles. Por isso, a vida na Terra retratada no filme é muito mais avançada do que a real. Além da tecnologia, o nosso mundo aprendeu a viver mais unido.

Os heróis agora são os filhos dos protagonistas do “Independence Day” original. Assim, Patricia (Maika Monroe, de “Corrente do Mal”) é a filha do presidente daquela época, Thomas Whitmore (Bill Pullman), e Dylan (Jessie T. Usher) é o filho do Capitão Steven Hiller, que foi interpretado por Will Smith, mas que agora já está falecido. Aliás, a maior estrela do elenco anterior é a grande ausência nesta sequência.

Eventualmente, os invasores retornam mais preparados, em uma nave de proporção colossal, com mais de 4 milhões de quilômetros de diâmetro. Então, por mais avançada que a tecnologia da Terra tenha se tornado, é incapaz de enfrentar o novo ataque. A turma que participou da vitória no passado retorna para dar uma ajuda, mas o que realmente resolverá será um terceiro.

Coerência

A estória conseguiu manter coerência com o roteiro do filme anterior, inclusive amarrando os acontecimentos na África. Porém, exagerou na dose de humor. De fato, dois personagens chegam até a irritar. É comum ter um alívio cômico em forma de uma pessoa meio abobalhada, mas aqui são dois, que não interagem entre si, mas sempre que aparecem falam ou fazem coisas idiotas. Um deles é o Floyd (Nicolas Wright), que vai até a África com David Levinson (Jeff Goldblum) e depois fica atazanando o chefe local Dikembe Umbutu (Deobia Oparei). O outro é Charlie Miller (Travis Tope), companheiro de Jake Morrison (Liam Hemsworth), ambos pilotos.

Mesmo considerando que os dois filmes de “Independence Day” tenham como tema principal uma catástrofe, eles não se levam muito a sério, procurando ser uma aventura divertida. Então, é compreensível que contenham partes engraçadas, mas aqui exageraram na dose. Há, ainda, risos involuntários, como na cena em que a mãe de Dylan, no topo de um edifício, tendo a cidade atrás sendo dizimada, diz a uma mãe com seu filho recém-nascido: “Não se preocupe, nada vai acontecer com vocês.”. Isso enquanto tudo ao redor desmorona.

Erros e acertos

Mas o que chamou mais a atenção no filme de 1996 foi poder assistir famosas cidades sendo destruídas. Isso se perdeu nesta sequência, pois, com exceção de Londres, as outras já se transformaram tanto com a tecnologia alienígena que não se parecem mais com os locais reais, não causando por isso comoção.

O filme tenta, ainda, inserir uma mensagem de colaboração entre os povos, mas de forma primária. É por isso que contrataram a atriz inglesa Charlotte Gainsbourg, que costuma atuar em filmes mais sérios, como “Anticristo” e os dois volumes de “Ninfomaníaca”, dirigida por Lars von Trier, e a chinesa Angelababy.

Além disso, as sequências com os tripulantes malandros de um navio que, por acaso, se encontra próximo da nave alienígena, são tolas e quebram o ritmo da ação. O filme lucraria se fosse eliminadas.

No entanto, quem adora efeitos especiais grandiosos pode apostar suas fichas em “Independence Day: O Ressurgimento”. Afinal, tanto as naves quanto os seres de outra galáxia são muito bem produzidos, ainda que puxando muito as características de “Alien, o Oitavo Passageiro” e suas continuações, até mesmo trazendo uma rainha hospedeira.


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