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Invocação do Mal 3 (filme)
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Invocação do Mal 3: A Ordem Do Demônio

Avaliação:
7/10

7/10

Crítica | Ficha técnica

Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio (The Conjuring: The Devil Made Me Do It) não conta mais com a direção de James Wan, que assina somente como produtor. Wan já estava envolvido em seu próprio novo filme de terror, Maligno (Malignant, 2021). Por isso, no seu lugar, ele colocou Michael Chaves, que ele testara antes em seu universo, em A Maldição da Chorona (The Curse of La Llorona, 2020), cujo destaque é justamente o maneirismo com o qual Chaves replicou o estilo de seu mentor.

Desta vez, essa reprodução formal está menos acentuada. Parece evidente no plano-sequência que apresenta o cotidiano agitado de uma das personagens, quando Debbie Glatzel (Sarah Catherine Hook) caminha pelas áreas do canil onde trabalha. Mas não estão aqui as muitas variações nos planos sucessivos, nem enquadramentos inesperados que surpreendem. Essas características marcaram tanto os dois primeiros filmes dessa franquia quanto no longa sobre a mulher que chora.

Chaves prefere reverenciar O Exorcista (The Exorcist, 1973), quando um padre desce do táxi e olha para a casa dos Glatzels. Lá dentro, ele tenta expurgar o demônio que possuiu um menino. O tom neste filme soa mais sombrio do que nos dois filmes anteriores, que até classifiquei como terror elegante. Ainda há uma preocupação de evitar violência gráfica, mas os exorcismos possuem uma pegada sinistra, mais direta e sem sutilezas. E, definitivamente, a cena no necrotério se distancia bastante de qualquer elegância.

A invocação da vez

Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio apresenta mais um caso, baseado em eventos reais, do casal de “investigadores do paranormal” Ed Warren (Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Vera Farmiga). Essa história se passa em 1981 e envolve uma maldição que Ed e Lorraine precisam quebrar. O primeiro exorcismo não deu muito certo. O demônio que possuía o menino passou para o corpo de Arne (Ruairi O’Connor), o namorado de Debbie. O rapaz comete um assassinato e, para que ele não seja condenado à morte, Ed e Lorraine buscam provas de que ele estava possuído por um demônio.

A trama, assim, se aproxima do gênero policial investigativo. O que não é um problema, pois esses filmes costumam ficar gradativamente mais sinistros conforme avançam as investigações. O Silêncio dos Inocentes (The Silence of the Lambs, 1991), Seven (1995) e Zodíaco (Zodiac, 2007) são exemplos memoráveis. Mas isso não acontece em Invocação do Mal 3. Ao colocar uma pessoa (ainda que uma feiticeira) no lugar de um ser sobrenatural como inimigo a derrotar, este que é um filme de terror perde sua força. Nesse caminho, cai num enredo esquemático, expresso na necessidade de cumprir três sacrifícios, relacionados a bondade, amor e homem de deus).

Em busca de um estilo próprio

Em A Maldição da Chorona, Michael Chaves compensou as fraquezas do roteiro com uma direção formalmente interessante. Mas em Invocação do Mal 3, ele resolveu deixar o maneirismo de lado. Até faz sentido ele se libertar do seu mentor e buscar um estilo pessoal. O que não pode é descuidar dos detalhes. O filme tem alguns erros de continuidade, de transações que comunicam a ideia errada, enfim, falhas que deixam uma impressão ruim e que não são admissíveis numa produção desse nível. Vamos ver como Chaves abordará seu próximo filme, A Freira 2 (The Nun II, 2023), mais um capitulo desse universo.

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Ficha técnica:

Invocação do Mal 3: A Ordem Do Demônio (The Conjuring: The Devil Made Me Do It) 2021. EUA/Reino Unido. Direção: Michael Chaves. Roteiro: David Leslie Johnson-McGoldrick. Elenco: Patrick Wilson, Vera Farmiga, Ruairi O’Connor, Sarah Catherine Hook, Julian Hilliard, John Noble, Eugenie Bondurant.

Distribuição: Warner.

Trailer aqui.

Onde assistir:
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