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Jamesy Boy (filme)
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Jamesy Boy

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

James, o protagonista que empresta o apelido ao título do filme Jamesy Boy é um jovem delinquente. Quando ele resolve sair de casa para vencer na vida de forma desonesta, encontra um líder de gangue que o acolhe como instrumento para seus golpes. Paralelamente, em um futuro próximo, James enfrenta a dura vida dentro de uma prisão.

Jamesy Boy é a estreia em longa metragem do diretor Trevor White. Ele opta por contar esta história, baseada em fatos reais, através de ações  paralelas do protagonista antes e depois de sua prisão. Mas, isso minou a sua potencialidade dramática. O filme ganharia mais emoção se fosse contado de forma linear. James é um personagem carismático e atrai a empatia do espectador, porém, por revelar o seu destino próximo, o roteiro perde o interesse. Nem sempre a opção menos ortodoxa, no caso a narrativa não-linear, é a mais adequada.

Essa fraqueza fica clara na cena em que James é rejeitado pela sua nova namorada, Sarah, que, ao recusar fugir e largar tudo para viver com ele, soa fria e calculista demais. Caso a história fosse contada linearmente, ficaria mais claro para o espectador o quão prematuro se encontrava o relacionamento dos dois apaixonados para uma decisão tão radical. E, então, seria mais compreensível também o reencontro no final do filme.

Elenco

Infelizmente, isso põe a perder a estupenda qualidade interpretativa dos atores de Jamesy Boy. O novato Spencer Lofranco conseguiu retratar o protagonista como um jovem desajustado e violento, mas ainda com algumas boas qualidades – evidentes no namoro com Sarah e na proteção ao ingênuo Chris (Ben Rosenfield) na cárcere. O contraponto mais selvagem e fora da lei está em Roc (Michael Trotter), o chefão da turma dos bandidos. Com voz semelhante à de Joe Pesci, Ron representa o perigo que ronda a vizinhança.

James Woods, no papel do tenente da prisão, e Ving Rhames, como o prisioneiro durão, representam o alicerce que os atores veteranos emprestam aos atores mais jovens. Ambos interpretam com confiança seus personagens, que são secundários, mas fundamentais.

A também experiente Mary-Louise Parker injeta a dose de drama e afeição na trama, como a mãe que tenta salvar seu filho do mau caminho. O filme conta ainda com a talentosa e jovem promessa Taissa Farmiga, que antes havia brilhado em Bling Ring: a Gangue de Hollywood (The Bling Ring, 2013), no papel de Sarah. Mas faltou a Jamesy Boy desenvolver mais o relacionamento de Sarah e James, mostrando como eles estavam apaixonados. Aliás, o filme não revela nem se eles chegaram a fazer sexo. Com isso, poderia explorar o talento de Taissa Farmiga. Além disso, as cenas que não fazem muito sentido, citadas acima, ganhariam significado.

Enfim, Jamesy Boy deve servir de aprendizado para Trevor White de que, em muitos casos, o simples é o melhor.


Jamesy Boy (filme)
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