Para os fãs de Star Wars, o último sábado (16 de setembro) foi inteiramente tomado pela JEDICON SP 2023. Afinal, neste ano o evento começou às 10h30 e estava programado para se encerrar às 19h. Mas, com o tradicional atraso de sempre, os visitantes ficaram até perto das 20h. Logo depois, muitos deles ainda partiram para a festa After da Jedicon no Jai Club, perto da FAPCOM, local da convenção.
Os vários estandes com produtos relacionados ao universo Star Wars, bem como a cultura geek em geral, dividiram a atenção dos aficionados. Pela primeira vez, os itens industrializados ganharam a salutar competição das artes vendidas pelos seus criadores na inédita “Artist’s Galaxy”. Dessa forma, a JEDICON SP segue essa prática de outras convenções de fãs que permite um contato direto dos criadores com seu público.
Entre os quatro andares ocupados pelo evento, a JEDICON SP também apresentava a exposição “Vestindo a Galáxia”, o “Droids Builders”, e uma atividade interativa da Disney, voltada para a série Ahsoka.
Auditório
No palco do auditório, algumas atrações tradicionais. Uma delas é a coreografia de lutas de espadas de sabre de luz, a outra é a apresentação da orquestra sinfônica. Esta última e o concurso de cosplay representam os números mais concorridos da convenção. Nesta edição, a produção resolveu mudar o horário da programação, antecipando a entrada desses atrativos, o que fez os fãs irem mais cedo ao local. No entanto, em termos de dinâmica de entretenimento, o mais natural seria deixar a maior atração para o final. Aconteceu, também, o concurso de droides, que não empolgou tanto o público.
Barulho (e atrasos)
Entre essas atrações, aconteceram os painéis de discussão.
Antes de entrar em cada um deles, vale apontar que já chegou a hora de repensar se os painéis devem permanecer no auditório. Afinal, eles atraem um público menor. Mas mais importante que isso, muitos presentes usam os assentos do auditório para bater papo. E, ontem, era visível que alguns dos participantes dos painéis estavam constrangidos com o barulho das conversas paralelas na plateia.
Os organizadores, na próxima edição, devem se atentar para esse problema e solicitar que todos façam silêncio (o que deveria ser senso comum para quem está num local assistindo uma roda de discussão ou uma palestra). Ou então, talvez até melhor seja mudar os painéis para outro ambiente. Isso ajudaria até a reduzir os sempre incômodos atrasos na programação – apesar de que grande parte do atraso vem da ineficaz forma de fazer os sorteios (perde-se muito tempo com números sorteados que não correspondem a nenhuma pessoa presente).
Painéis
O primeiro painel do dia trouxe uma conversa sobre Ahsoka, a nova série que está sendo muito bem recebida pelos fãs. É o que, afinal, confirmou a dupla de debatedoras, Gabi Orsini e Patti Maionese.
A segunda conversa na JEDICON SP 2023 aconteceu sem a participação de Sérgio Sacani. No lugar dele, entrou o Rodrigo Fabrício, do Conselho Jedi SP, que colocou as perguntas sobre ciência intergalática ao convidado Marcos Palhares. Especialista em Astronáutica, Palhares foi o primeiro brasileiro a voar um caça MIG-29 na estratosfera.
Wagner Araújo, responsável pelo marketing da Hasbro, falou sobre o colecionismo. Sendo ele mesmo um colecionador, Wagner ressaltou como essa paixão é importante para a indústria do entretenimento.
No painel “Som das Estrelas – A trilha sonora de Star Wars”, com Victor Hugo Kebbe, Marcus Pilleggi e Pedro Kebbe, que são do site Ao Sugo, explicaram a importância da música no cinema. Com exemplos específicos de Star Wars, os três especialistas trouxeram ensinamentos que ampliam a apreciação dos espectadores ao assistir a filmes e séries. Entre eles, como se diferenciam os temas para vilões e para heróis.
O último painel aconteceu no início da noite, e debateu sobre o universo “What if…” de Star Wars.
Star Wars: o que vem pela frente
No entanto, o painel que sem dúvidas mais chamou a atenção na JEDICON SP 2023 foi sobre as próximas produções do universo Star Wars. Para tal, subiram ao palco Marcelo Forlani (Omelete) e João Jedi (Diário Rebelde). Antes de entrar no assunto, os dois pontuaram sobre a greve de roteiristas e atores em Hollywood, que está causando atrasos nos lançamentos. Um deles prejudicou a série Skeleton Crew, que devia estrear em dezembro deste ano. Com pegada infanto-juvenil, a trama se passa cinco anos depois de O Retorno de Jedi, ou seja, na mesma época de Mandalorian e Ahsoka. Remetendo aos nos 80, numa mistura de Stranger Things e Os Goonies, trará Jude Law ajudando crianças perdidas.
Outra produção muito aguardada, discutida nesse painel, é The Acolyte. Contando com Amanda Stenberg e Lee Jug-Jae (Round 6) no elenco, a série foca no lado sombrio da Força, sob o ponto de vista dos Siths. Acontece entre 300 e 80 anos antes da era Skywalker.
Andor, confirmaram os debatedores, ganhará uma nova temporada, programada para 2025. Já Lando será um longa-metragem, desenvolvido por Donald Glover e seu irmão Stephen Glover.
Por fim, Marcelo Forlani e João Jedi resumiram os cabeças do que está por vir em relação a Star Wars.
Assim, James Mangold, o diretor de Indiana Jones e a Relíquia do Destino, se encarregará de uma produção sobre o primeiro Jedi.
Dave Filoni, produtor executivo de Mandalorian, O Livro de Boba Fett e Ahsoka (do qual é também o showrunner), é o responsável pela Nova República.
E Sharmeen Obaid-Chinoy provavelmente será a primeira diretora de um filme Star Wars. Vencedora de dois Oscar por curtas documentais, a cineasta paquistanesa prepara um longa sobre Rey.
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Resumo da JEDICON SP 2023