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Indiana Jones e a Relíquia do Destino
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Indiana Jones e a Relíquia do Destino

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

Indiana Jones e a Relíquia do Destino se esforça para concluir a franquia com dignidade. O quarto e último filme até agora, Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (2008), tentou lançar Shia LaBeouf no papel de filho de Indy para dar continuidade à série. Mas a aposta não deu certo. Ficou evidente que LaBeouf não tem o carisma de Harrison Ford, tanto que sua carreira não decolou como se esperava. E, por isso, para evitar o mesmo erro, seu personagem não está nesse novo filme. Indiana Jones necessita de Harrison Ford e ponto final. Então, nada melhor do que deixar o próprio Ford se despedir do arqueólogo aventureiro nas telas.

O prólogo de Indiana Jones e a Relíquia do Destino traz uma surpresa. Como no último filme, Indiana Jones é prisioneiro do exército inimigo. Mas não são de novo os soviéticos, e sim os nazistas, que estavam em Os Caçadores da Arca Perdida (1981). Ou seja, esse trecho se passa antes da última aventura, e traz Harrison Ford e outros atores rejuvenescidos, convincentemente, através de computação gráfica. A introdução não se iguala ao do primeiro filme, mas apresenta uma emocionante luta em cima de um trem, de novo lembrando James Bond. Para a narrativa, serve para introduzir o vilão Dr. Voller (Mads Mikkelsen) e a relíquia da vez, um artefato inventado pelo matemático Arquimedes.

O tempo

A história do filme em si começa mesmo em outra época. O tic-tac do relógio marca o elemento essencial dessa trama: o tempo. A canção dos Beatles denuncia que estamos na segunda metade dos anos 1960. Indiana Jones surge sem camisa, sem medo de revelar que envelheceu – e piadas ao longo do filme reforçarão essa realidade que justifica a sua aposentadoria das telas. A parceira de aventuras de Indy, desta vez, é uma jovem. Helena (Phoebe Waller-Bridge) é sua afilhada, a filha do amigo Basil Shaw (Toby Jones), que conhecemos no prólogo. A escolha da protagonista da série Fleabag deu certo: a alta atriz é forte e atlética, do tipo dura na queda. Aliás, lembrando Marion (Karen Allen), a melhor Indy girl da franquia.

Outro ingrediente já antes experimentado que o novo filme usa, e que funciona bem, é o coadjuvante infantil. Ke Huy Quan acrescentou muita emoção e comédia em Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984). Agora, no lugar de um asiático, um africano. Ethann Isidore vive Teddy, o esperto garoto que Helena acolhe no Marrocos.

Indiana Jones e a Relíquia do Destino tem ritmo acelerado. Mas não cai no erro de exagerar na perseguição motorizada, como fez no filme anterior. E olha que o diretor é James Mangold, que fez antes Ford vs Ferrari (2019), mas não por isso deixou extrapolar seu entusiasmo pelo assunto. Aqui a corrida acontece nas apertadas ruas de Tânger, com os heróis dentro de um triciclo tuk-tuk, o que garante uma pitada de comédia, muito benvinda nessa sequência.

Enigmas

Este novo filme anima os fãs da franquia com os tradicionais enigmas arqueológicos. Conjecturando sobre as invenções geniais de Arquimedes, o enredo se debruça bastante sobre esse elemento tão caro aos apreciadores de Indiana Jones. As peças, aos poucos, vão se encaixando. E, considerando que os espectadores já se habituaram com o tema da viagem no tempo, esta nova aventura se arrisca por esse caminho. Com isso, concede ao herói o que talvez seja o seu grande desejo como dedicado arqueologista: ou seja testemunhar a História antiga. Junte-se a isso a cena final que resgata a inesquecível primeira aproximação romântica entre Indiana e Marion, e se fecha com dignidade o ciclo desse icônico personagem.

Mas a fórmula se desgastou, até por ter influenciado tantas outras produções. De fato, a revisão dos três primeiros filmes é um exercício que revela um prazer menor. Resgatar a mesma emoção que sentimos na época em que foram lançados, só mesmo retornando no tempo.

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Ficha técnica:

Indiana Jones e a Relíquia do Destino | Indiana Jones and the Dial of Destiny | 2023 | 154 min | Direção: James Mangold | Roteiro: Jez Butterworth, John-Henry Butterworth, David Koepp, James Mangold | Elenco: Harrison Ford, Phoebe Waller-Bridge, Antonio Banderas, John Rhys-Davies, Shaunette Renee Wilson, Thomas Kretschmann, Toby Jones, Boyd Holbrook.

Distribuição: Walt Disney Studios.

Trailer:

Onde assistir:
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