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Jogador Número Um (filme)
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Jogador Nº1

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

A volta de Steven Spielberg ao universo juvenil, depois do fraco “O Bom Gigante Amigo” (2016), é prato cheio para os jogadores de vídeo games nos anos 1980. Afinal, eles encontram em “Jogador nº1” uma vivência saudosista, com o bônus de se sentirem os sabichões do assunto. E outras referências da época, além do universo dos jogos, também estão presentes no filme.

A trama

Enquanto ouvimos “Jump”, hit do Van Halen de 1984, somos informados que estamos em 2045, na cidade de Columbus, Ohio, nos EUA. Então, o protagonista Wade, de 18 anos, sai da cama e salta entre os destroços de metal que compõem as construções desse futuro distópico. Uma paisagem que se assemelha a um enorme ferro velho. Pelas janelas dos apartamentos, pessoas utilizam óculos de realidade virtual em sua rotina. Agora, essa tecnologia se tornou comum e é amplamente usada por todos.

Em seguida, vários usuários, como Wade, entram no ambiente virtual chamado OASIS para participar do desafio do seu finado fundador cujo prêmio é se tornar o novo dono desse ambiente. Então, na forma do avatar Parzival, Wade interage com Aech, e outros amigos virtuais, para encontrar os easter eggs para vencer o torneio. Ao se deparar com Art3mis, descobre que existe um grupo de rebeldes, do qual ela faz parte, com o objetivo de derrubar o poder de Sorrento, dono de uma megacorporação que domina tudo.

Avatar

Ao optar por assistir “Jogador nº1”, o espectador deve estar ciente que o filme possui a maioria de suas cenas dentro desse ambiente de realidade virtual. Assim, acompanha personagens em forma de avatares. Portanto, é em sua maior parte uma animação feita com computação gráfica. E isso lembra bastante o universo de “Tron” (1982) e sua sequência “Tron: O Legado” (2010), pela ambientação e pela estória, mas bem mais moderno, acompanhando a evolução tecnológica de hoje. O advento da realidade virtual, de fato, permite que a transição entre o mundo dentro do game e o mundo real se torne mais fluída e, agora, verossímil.

Referências

Adicionalmente, os amantes do cinema também ganham sua dose de saudosismo, com inúmeras referências aos anos 1980 e 1990. Sem entrar num exaustivo exame detalhista, podemos destacar as mais evidentes, que são a recriação do robô de “O Gigante de Ferro”  (1999), o uso do DeLorean da trilogia “De Volta Para o Futuro” (1985 a 1990), o boneco Chucky de “Brinquedo Assassino” (1988), e a mais empolgante de todas, a paródia extensa de “O Iluminado” (1980).

Como resultado, “Jogador nº1” é um retrato da nossa atualidade, no aspecto da enxurrada de informações que nos afoga todos os dias. Dessa forma, o espectador é sufocado pelas inúmeras referências ao passado. Por exemplo, repare na enorme quantidade de avatares no ambiente do OASIS, cada um representando algum personagem dos anos 1980. Seria necessário pausar a tela para identificá-los todos. Por fim, o exagero torna o que poderia ser uma diversão um estresse.

E uma frase reflete a mensagem que o filme deseja passar, a de que a vida deve ser bem aproveitada. Por isso, o criador do OASIS lançou o desafio, para alertar a todos a curtirem bem seus momentos, pois ele sente que desperdiçou as oportunidades que teve para isso. O exagero no uso da tecnologia como um refúgio da vida real, o filme alerta, pode ser danoso.

Em suma, Spielberg entrega em “Jogador nº1” um filme com a mensagem e os apelos visuais e de ritmo para atingir o público jovem de hoje. Para os mais adultos, resta a avalanche de referências.


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