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Lego Ninjago: O Filme
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Lego Ninjago: O Filme

Avaliação:
7/10

7/10

Crítica | Ficha técnica

Uma história sobre um brinquedo não parece uma premissa para um bom filme, exceto para o público alvo dos próprios brinquedos. As várias animações sobre a boneca Barbie comprovam isso. “Uma Aventura Lego” (2014) conseguiu quebrar esse paradigma e divertiu as crianças que brincavam ainda com as peças de montar e também adultos que nem chegaram a possuir uma delas. Outras versões animadas da marca dinamarquesa chegaram ao cinema, e “Lego Batman: O Filme” (2017) comprovou a força da franquia. Mas, algo se perdeu no caminho, algo que “Lego Ninjago: O Filme” consegue resgatar.

Em todos os filmes da Lego encontramos ação ininterrupta e piadas ligeiras. Porém, o que o primeiro filme e este último possuem como qualidade única é a metalinguagem do cinema com o próprio brinquedo. Nos dois casos, características do próprio jogo de montar possibilitam os rumos escolhidos para suas estórias. As sequências iniciais e finais de “Lego Ninjago: O Filme” envelopam a função do brinquedo. Em cenas em live action, ou seja, como filmes com atores reais, um garoto entra na loja de Mr. Liu, interpretado por Jackie Chan, que usa dois bonecos Lego para contar a estória de Ninjago, a fim de lhe ensinar autoconfiança de forma lúdica.

Na trama, dois ninjas veteranos, que são irmãos, lutam em lados opostos, Master Wu é o ninja bom, e Garmadon, o mau. Este último é o pai do aprendiz Lloyd, o “ninja verde”, protagonista do filme. O garoto, de 16 anos, foi abandonado pelo pai quando bebê e ainda sofre trauma por isso. Garmadon é o vilão que quer dominar a cidade de Ninjago. Ele consegue seu objetivo, mas uma ameaça paira sobre todos.

E é aí que entra a grande sacada unindo o brinquedo Lego à estória. Como acontece na vida real, esse perigo maior é simplesmente… um gato, um bichano real que começa a destruir os prédios e pontes da cidade, montados com peças Lego, exatamente como de fato acontece com as criações de Lego construídas por uma criança. Há outras cenas que aproveitam essa metalinguagem, mas essa ideia é a mais essencial, porque sem ela a estória não funciona.

A partir desse momento da aparição do gato, “Lego Ninjago: O Filme” empolga. Até lá, parece que o uso dos brinquedos, como em outros filmes da franquia, seria apenas um pretexto de identificação, e não a essência do longa de animação.


Onde assistir:
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