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Looper: Assassinos do Futuro (filme)
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Looper: Assassinos do Futuro

Avaliação:
8/10

8/10

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Crítica | Ficha técnica

“Looper: Assassinos do Futuro” é o filme que colocou os holofotes sobre o diretor e roteirista Rian Johnson. Como resultado, ele assumiu a direção de “Star Wars: Os Últimos Jedi”, que estreia este ano nos cinemas.

A trama

A narração no começo de “Looper” explica didaticamente a trama do filme. Em 2044, Joe (Joseph Gordon-Levitt) é um looper, ou seja, um assassino de pessoas 30 anos à frente no futuro. Uma organização envia as vítimas para o passado através de uma máquina do tempo para serem eliminadas sem deixar rastro.

O looper é bem recompensado, principalmente quando chega o momento de eliminar ele mesmo, enviado do futuro, para “fechar o loop”, para que não reste nenhuma evidência do esquema criminoso. O pagamento final é suficiente para ele deixar de trabalhar e viver com luxo os próximos 30 anos.

Quando algum looper não cumpre essa missão final, ele é perseguido ferozmente pelo grupo criminoso. Uma das formas de capturar o looper do futuro é mutilando o seu correspondente atual, porque os estragos aplicados agora se refletem imediatamente na pessoa do porvir.

Então, um deles foge para os dias atuais para eliminar uma criança que se tornará um perigoso líder no futuro. Essa é a missão do Joe do futuro, interpretado por Bruce Willis, para assim poder salvar a mulher da sua vida. Emily Blunt faz a mãe de uma criança que pode ser aquele futuro líder que Joe quer matar.

Análise

O filme constrói bem a forma de contar como o jovem Joe passa os próximos 30 anos após fechar seu loop. Uma montagem ágil com identificação dos anos em títulos cumpre esse papel com agilidade. Dessa forma, traz informações suficientes para mostrar como Joe se perde na vida e só muda quando conhece sua futura esposa.

Um detalhe enigmático surge no filme como uma faixa horizontal de luz azul, em alguns momentos. Além de contribuir para caracterizar o futuro distópico da estória, essa luz talvez identifique também quando algum personagem se encontra sob efeito de drogas, que no filme se usa pingando nos olhos como um colírio. Nem tudo resta tão claro como a narração explicativa do início do filme. Inclusive o final, que não permite concluir se o futuro estará resolvido ou não.

Essa inteligente estória não nega influência de outras obras do cinema. A telecinese remete tanto a “Carrie, a Estranha” (1976) como a “A Fúria” (1978), ambos de Brian De Palma. Contudo, o argumento em si está ligado fortemente a “O Exterminador do Futuro” (1984), de James Cameron. Afinal, este filme também tratava de alguém enviado do futuro para eliminar as raízes de um líder que, neste caso, ainda estava para nascer.

Elenco e direção

A princípio, a interpretação de Joseph Gordon-Levitt soa um tanto afetada na primeira metade do filme. Porém, quando descobrimos que Bruce Willis interpreta o mesmo personagem no futuro, entendemos essa artificialidade. Ou seja, o ator buscava semelhanças com os trejeitos de Willis. Quanto ao restante do elenco, a escolha de Pierce Gagnon para o papel do menino Cid foi totalmente acertada. Afinal, ele facilmente se transforma de um menino dócil para um tresloucado e sombrio, intimidando até sua própria mãe. Além disso, o filme traz Emily Blunt, que logo se tornaria uma grande estrela do cinema.

Acima de tudo, “Looper” prova o motivo que levou a Lucasfilm a escolher Rian Johnson para dirigir e escrever o episódio VIII de Star Wars. Sua direção aqui é eficiente, e sem exageros que poderiam afetar uma superprodução. Mais que isso, seu roteiro nesta ficção reúne de forma brilhante as referências de outros filmes para criar uma nova obra. Ou seja, justamente o que fez J.J. Abrams no exitoso Episódio VII e em suas releituras de “Jornada nas Estrelas” (Star Trek).


Looper: Assassinos do Futuro (filme)
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