Poster de "Lucy"
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Lucy

Avaliação:
7/10

7/10

Crítica | Ficha técnica

Mais uma vez, Luc Besson embarca numa ficção-científica com uma protagonista poderosa, desta vez interpretada por Scarlett Johansson. Mas, protagonismo maior tem a premissa de Lucy, que explora o mito do desconhecido, especificamente indagando o que aconteceria se, ao invés de uma pessoa usar apenas 10% de sua capacidade cerebral, ela usar 100%.

Besson, que também é o roteirista do filme, não coloca freios na sua imaginação. Segundo o enredo, com 20% você seria capaz de manipular outras pessoas; com 40%, de controlar a matéria; e com a capacidade total, as células transporiam o corpo e se conectariam com tudo.

Transformando essa ideia em história, Lucy é obrigada a transportar uma nova droga escondida em seu estômago. Mas, um bandido a agride a pontapés, o que faz a substância vazar da sua embalagem e ser absorvida pelo corpo dela. A droga provoca o efeito de aumentar a capacidade cerebral de Lucy, gradativamente. E esse fenômeno a municia com poderes sobre-humanos cada vez mais impressionantes. Vai da habilidade de lutar até a de paralisar objetos e pessoas, conduzindo ao clímax das células criando novas matérias.

A fim de dar algum peso científico à trama, Luc Besson insere o cientista Prof. Norman (Morgan Freeman), que aparece no filme dando uma palestra sobre o tema central do enredo. Além disso, intercala imagens de animais em seus habitats naturais – começando pelas analogias com as situações de caça e presa na primeira sequência. Cenas com o que teria sido a fóssil Lucy ainda viva conectam as duas pontas – a versão mais primitiva e a mais avançada de um humano.

Besson em ação

As cenas de combate e tiroteios são bem filmadas, principalmente as do início da transformação de Lucy. O diretor Luc Besson consegue injetar emoção trabalhando adequadamente, não só as variações dos planos, como também a velocidade das cenas (sem deixá-las artificiais demais). Lembram seu outro filme Anna: O Perigo Tem Nome (2019). Mas, conforme seus poderes aumentam, fica mais fácil ela derrotar os opositores, e assim perdem um pouco da graça. A viajante conclusão derruba a atenção do espectador, mas é uma armadilha criada pela própria ideia do roteiro.

Lucy acompanha os demais filmes de sci-fi de Luc Besson, todos com muita ação e visual deslumbrante, tendo em conta que só este se passa na Terra. Ranqueando os três, Lucy é bem melhor que Valerian e a Cidade dos Mil Planetas (2017), mas inferior a O Quinto Elemento (1997).

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Ficha técnica:

Lucy | 2014 | 89 min. | França, Alemanha, Taiwan, Canadá | Direção: Luc Besson | Roteiro: Luc Besson | Elenco: Scarlett Johansson, Morgan Freeman, Choi Min-sik, Amr Waked, Julian Rhind-Tutt, Pilou Asbæk, Analeigh Tipton.

Onde assistir:
Scarlet Johansson em "Lucy"
Scarlet Johansson em "Lucy"
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