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Lutando Pela Minha Família (filme)
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Lutando Pela Família

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

Lutando Pela Família é um filme sobre esportes acima da mesmice do gênero.

Primeiro, porque joga os holofotes sobre uma modalidade pouco abordada no cinema, o wrestling. E faz isso com autenticidade e muito respeito, desmistificando a fama de que as lutas são uma marmelada. Aliás, quem está por trás da produção é o ator Dwayne Johnson. Então Johnson, ex-lutador de wrestling, se inspirou no documentário para TV “The Wrestlers: Fighting with My Family” (2012), sobre a família inglesa de lutadores cuja história é retratada em Lutando Pela Família.

De fato, Dwayne Johnson se identificou com a história por ser muito parecida com a trajetória dele. Afinal, seus pais eram lutadores de wrestling e ele próprio ingressou nessa carreira, antes de virar ator. E essa conexão emotiva fica evidente no filme, que faz questão de mostrar que as lutas envolviam encenação, mas demandavam muito preparo e causavam vários ferimentos.

Humor britânico

Apesar de ser uma coprodução entre Reino Unido, EUA e México, Lutando Pela Família possui características essencialmente britânicas. Na verdade, o humor nele, apesar de a comédia não ser o tom prevalecente nesse drama, respira o estilo do seu diretor e roteirista inglês Stephen Merchant. E ele é um dos criadores da série The Office, que teve uma versão original britânica e uma adaptação americana, ambas ótimas.

O filme foca na filha mais nova de uma família de wrestlers, Saraya Knight, interpretada pela atriz inglesa Florence Pugh. Aliás, num papel bem diferente daqueles de Midsommar e Adoráveis Mulheres, ambos de 2019. Apesar de seu irmão Zak (Jack Lowden) estar bem mais preparado que ela, Saraya é escolhida entre os lutadores locais para ser treinada por Hutch (Vince Vaughn). Então, aqueles que suportarem o árduo treinamento poderão participar dos prestigiosos torneios de Wrestling televisionados ao vivo.

E a jornada é um aprendizado para Saraya, que precisa se superar física e psicologicamente. Diferente das outras lutadoras que são ex-modelos belíssimas, a jovem inglesa é vaiada pelo público, chamada de “freak” por não ser tão bela. Ela reage se fechando e se afastando de todos, principalmente dessas colegas de luta. Sua salvação só vem quando ela percebe que todas estão no mesmo barco. No final das contas, são todas pessoas batalhadoras que estão ralando para vencer nessa carreira, independente da persona que elas escolhem representar no ringue.

Análise

Lutando Pela Família possui um bom ritmo, mistura combates com drama e um pouco de humor. Mas corre o risco de perder o interesse do público no trecho em que Saraya retorna para casa no natal, disposta a desistir de tudo. E o momento da virada ficou um pouco enfraquecido, faltou dramatizar com mais intensidade a mudança de atitude da personagem, e se motiva a voltar à luta pela família, como entrega o título nacional.

Quem gosta de wrestling, ou telecatch no Brasil, aqueles fãs do extinto Astros do Ringue, vão apreciar essa bem intencionada recriação da história da mais jovem lutadora a vencer um Divas Championship. Além disso, fica a dica também da série da Netflix chamada GLOW, sobre as mulheres lutadores nos anos 1980.

Por fim, nos créditos de Lutando Pela Família, o filme apresenta trechos reais da lutadora Paige e sua família.


Lutando Pela Minha Família (filme)
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