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Magic Mike XXL (filme)
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Magic Mike XXL

Avaliação:
4/10

4/10

Crítica | Ficha técnica

Magic Mike XXL parte num road movie que o leva para longe do primeiro filme. Magic Mike (2012) é um drama musical empolgante, bem dirigido, bem escrito, com diálogos inteligentes e danças espetaculares. O oposto do que encontramos em sua sequência.

Na direção, não está mais Steven Soderbergh, mas Gregory Jacobs. Mais experiente na função de assistente de direção, este é apenas o terceiro filme que Jacobs dirige. Porém, isso parece não ser a origem dos maiores problemas de Magic Mike XXL. Suas fraquezas estão no seu roteiro, escrito pelo mesmo autor do filme anterior, Reid Carolin.

O enredo

A nova história acontece três anos depois. Agora, Mike dá duro na sua pequena empresa de móveis exclusivos. A trama começa já de forma duvidosa. Embora seu empreendimento esteja lotado de pedidos, e ele enfrente dificuldades para entregá-los, pois só tem um empregado, ele aceita partir com os velhos colegas para uma convenção de strippers onde realizarão um show de despedida.

Os coprotagonistas do filme anterior, Dallas (Matthew McConaughey) e Adam (Alex Pettyfer), se mudaram para Macau. Então, sem os personagens mais interessantes, este novo filme aposta em abrir espaço para os outros colegas strippers de Magic Mike. Eles funcionavam por terem, cada um deles, uma característica que chamava a atenção. Por exemplo, um pênis gigante, o visual selvagem, o galã que parece um boneco. Mas não são interessantes o suficiente para sustentar esse quase protagonismo. E o próprio roteiro sente isso durante o desenvolvimento do enredo, por isso, eles vão perdendo espaço conforme a história avança. Um deles, o MC Tobias (Gabriel Iglesias), cai fora do filme no meio do trajeto.

As danças

Nem os números musicais funcionam em Magic Mike XXL. O que era um dos maiores trunfos no primeiro filme, desta vez não empolgam. As performances de Channing Tatum se salvam, mas as demais são enfadonhas. Principalmente na sequência, longa demais, no clube noturno de Rome (Jada Pinket Smith), com apresentações dos strippers do local e não dos personagens principais (exceto o solo de Mike no final). Aliás, parece evidente a intenção de inserir mais negros no filme, para compensar o elenco todo branco do primeiro filme.

Até mesmo o clímax desaponta. Na convenção, o grupo se apresenta individualmente, em números bem sem graça. O único show que se salva é o com Mike espelhado com outro stripper, e com a participação de Amber Heard. Desperdiça-se, assim, a oportunidade de uma apresentação super bem ensaiada do grupo, com movimentos complexos e perfeitamente sincronizados, como trazia o filme original.

Não há sinal dos diálogos sagazes de Magic Mike. Aqui, as conversas são tolas, com falas sem graça. Além disso, como não há drama suficiente para sustentar a narrativa, o filme apela para a comédia besteirol – por exemplo, quando o trailer em que o grupo viaja se acidenta.

Enfim, fora um ou outro bom momento com Channing Tatum dançando, Magic Mike XXL não tem nada a mostrar. Apesar do título marqueteiro (XXL), tamanho não é documento.

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Ficha técnica:

Magic Mike XXL | 2015 | 115 min | EUA | Direção: Gregory Jacobs | Roteiro: Reid Carolin | Elenco: Channing Tatum, Joe Manganiello, Matt Bomer, Adam Rodriguez, Kevin Nash, Gabriel Iglesias, Amber Heard, Jada Pinkett Smith, Stephen Boss, Andie MacDowell, Elizabeth Banks.

Onde assistir:
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