Pesquisar
Close this search box.
Meu Nome é Dolemite (filme)
[seo_header]
[seo_footer]

Meu Nome é Dolemite

Avaliação:
7/10

7/10

Crítica | Ficha técnica

O filme Meu Nome é Dolemite conta a história real do início da carreira de Rudy Ray Moore, comediante que fez sucesso quando criou o personagem Dolemite e o explorou em várias mídias. Primeiro, em apresentações como stand up em clubes noturnos. Depois, em LPs com suas piadas. E, finalmente, no cinema, debutando em 1975 e lançando mais cinco filmes até 1982, conquistando grande bilheteria com o gênero blaxploitation.

A trajetória de Rudy Ray Moore é bem inusitada, pois ele criou o personagem Dolemite quando já tinha 48 anos, numa fase em que suas apresentações nos palcos estavam ultrapassadas. Então, o segredo para a virada em sua vida foi a ousadia de trazer as histórias sujas dos moradores de rua para os palcos. E bancar sozinho as vendas dos seus LPs em lojas de amigos, pois o grande mercado não queria comercializar esse material pornográfico.

Esse mesmo espírito empreendedor o levou a realizar seu primeiro filme, com orçamento apertadíssimo garimpado em uma pequena produtora. Mas, como Rudy não entendia nada sobre a realização de filmes, contratou gente que, pelo menos, tinham um pouco de noção sobre o trabalho. Assim, o ator D’Urville Martin estreou na direção e alguns estudantes de cinema ocuparam as demais posições técnicas.

Os bastidores

Por isso, as filmagens aconteceram em meio a muita improvisação, obviamente, lembrando muito o processo que vimos no filme O Artista do Desastre (The Disaster Artist, 2017), de James Franco. Porém, a diferença que tornou o longa-metragem de Rudy Ray Moore um sucesso e o de Tommy Wiseau o desastre do título, é que Rudy percebeu que, diante das condições precárias, era melhor assumir o filme como uma comédia. E essa era a especialidade dele.

Aliás, no próprio Meu Nome é Dolemite, o humor é que salva. Na primeira parte, quando Rudy cria o personagem Dolemite, temos o privilégio de ouvir as suas piadas sujas, que são hilárias. Embaladas pela boa música funk dos anos 1970, essas sequências são as melhores do filme. Por isso, quando a história passa a retratar os bastidores da filmagem, Meu Nome é Dolemite fica menos interessante, a não ser que você seja daqueles que adora assistir a metalinguagem no cinema.

Eddie Murphy interpreta Rudy Ray Moore com brilhantismo, num papel que lhe cai como uma luva. Mesmo tendo mais que os 48 anos do protagonista na época, Murphy retrata com autenticidade o comediante sem sucesso, em busca de inspiração. Eddie Murphy e Dolemite se equivalem no potencial de chamar a atenção nas telas, e é esse carisma que tornou esse personagem tão querido pela plateia, que encheu os cinemas quando Dolemite foi lançado.

Assim, vale a pena assistir Meu Nome é Dolemite, para conhecermos essa figura que marcou o cinema dos anos 1980 e nos divertirmos com a baixaria de seu humor.

 

Ficha técnica:

Meu Nome é Dolemite (Dolemite is my Name, 2019) EUA. 118 min. Dir: Craig Brewer. Rot: Scott Alexander, Larry Karaszewski. Elenco: Eddie Murphy, Keegan-Michael Key, Mike Epps, Craig Robinson, Tituss Burgess, Da’Vine Joy Randolph, Kodi Smit-McPhee, Snoop Dogg, Ron Cephas Jones, Barry Shabaka Henley, T.I., Luenell, Wesley Snipes, Chris Rock.

Netflix

Trailer:
Onde assistir:
Meu Nome é Dolemite (filme)
Meu Nome é Dolemite (filme)
Compartilhe esse texto:

Críticas novas:

Rolar para o topo