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Morbius (filme)
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Morbius

Avaliação:
3.5/10

3.5/10

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Crítica | Ficha técnica

Após Vingadores: Ultimato (2019) aposentar os maiores super-heróis da Marvel, tanto a Disney como a Sony tentam impulsionar um novo personagem com apelo equivalente. Mas, são nomes de segundo escalão. O MCU – Universo Cinematográfico da Marvel, da Disney, aposta suas fichas em Viúva Negra (2021), Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis (2021), Eternos (2021), e outros ainda por vir. Enquanto isso, o SSU – Sony’s Spider-Man Universe (Universo Homem-Aranha da Sony) possui direitos contratuais mais restritos, e coloca suas fichas em Venom: Tempo de Carnificina (2021) e neste Morbius.

A trama

Morbius é um vilão que enfrentou o Homem-Aranha nas HQs, mas, tal como o Venom, assume o protagonismo no cinema como um anti-herói. Por isso, na parte inicial dessa trama, conhecemos Michael Morbius ainda criança, para induzir o espectador a criar empatia com o personagem. Ele possui deficiência física, e se locomove com dificuldade apoiando-se em muletas.

Numa instituição para crianças especiais, ele e os outros internos sofrem bullying dos alunos da escola tradicional que fica em frente. Mas, Morbius tem uma inteligência elevada, e logo recebe um convite para estudar num colégio para superdotados. Com isso, acaba se separando de seu melhor amigo Milo, mas ainda mantém contato com ele.

Adulto, Morbius faz experimentos com morcegos para tentar se curar. Então, acaba se tornando uma espécie de vampiro, com forças sobre-humanas, mas precisa se alimentar de sangue periodicamente. Como ele não é propriamente um vilão, ele bebe sangue artificial. No entanto, seu amigo de infância Milo, às escondidas, aplica o experimento em si mesmo. Milo assume o papel do vilão, e sai atrás de sangue humano.

Luta interna

Nessa mistura de vampirismo com A Mosca (1986), o protagonista tenta controlar seus instintos naturais, mas não é tão fácil enxergá-lo como um herói. O canastrão Jared Leto se encaixa melhor em personagens enlouquecidos e prepotentes, como comprovam a série WeCrashed (2019) e sua atuação como o Coringa em Esquadrão Suicida (2016). Em Morbius, mesmo antes de ele ser a cobaia de seu próprio experimento, ele já é tremendamente antipático; parece buscar o tom arrogante, mas carismático, de Robert Downey Jr. como o Homem de Ferro, mas fica longe disso. Nem mesmo a sequência de sua infância consegue criar a empatia por esse quase herói. Aliás, quando ele se transforma no vampiro (em efeitos visuais e de maquiagem eficientes), sua figura se torna mais interessante.

Em síntese, a luta de Morbius neste filme é consigo mesmo, na sua luta interna para combater os instintos assassinos que vieram com sua transformação. Mas, para colocar ação no filme, ele trava um combate físico com a versão vampiro do mal encarnada pelo seu amigo Milo. Esse confronto, na tela, mantém o padrão dos filmes de super-heróis atuais; ou seja, tudo em computação gráfica, com cortes rápidos e planos indecifráveis. Porém, aqui mais artificial ainda, pois não vemos ninguém na cidade enquanto os dois vampiros se enfrentam destruindo prédios. Há até um certo desleixo com a nuvem de morcegos, que parece mais um borrão do que um bando de mamíferos sanguessugas.

Ao final, como já é de padrão nos universos da Marvel, temos cenas adicionais nos créditos. A intenção é conectar com o SSU, o que realmente deve acontecer, apesar de esse filme ser abaixo da média desse gênero.   


Morbius (filme)
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