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Morte Morte Morte (filme)
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Morte Morte Morte

Avaliação:
5/10

5/10

Crítica | Ficha técnica

Morte Morte Morte (Bodies Bodies Bodies) conseguiu boa bilheteria no mercado norte-americano, mas não globalmente. Isso mostra a força da marca da produtora A24, que possui fama de realizar filmes independentes de prestígio. Afinal, quem assiste ao filme sem considerar, ou se importar, com esse aspecto de bastidores, terá a sensação de estar diante de um filminho de suspense B, com fotografia amadora, diálogos tolos e atores fracos. Em suma, seria isso, com exceção positiva apenas para o final surpreendente, um verdadeiro soco no estômago da juventude desmiolada retratada nos personagens do filme.

Mas quem se dispor a explorar os detalhes dessa produção, descobrirá uma intenção proposital de parecer um filme de baixo orçamento. Para levar o roteiro da estreante Sarah DeLappe para as telas, importaram a diretora holandesa Halina Reijin, que se destacou com o seu primeiro filme, Instinto (Instinct, 2019), estrelado por Carice van Houten. Saltar de um debut estrangeiro para uma produção americana representa uma aposta e tanto, e Reijin embarca nessa proposta de dar uma cara de filme B ao projeto.

Elenco

O elenco, aparentemente, é de desconhecidos. Mas, algumas das jovens atrizes já encararam papeis importantes em suas carreiras. Amandla Stenberg, que faz Sophie, é a protagonista dos filmes Tudo e Todas as Coisas (Everything, Everything. 2017) e O Ódio que Você Semeia (The Hate U Give, 2018), entre outros. Maria Bakalova, a Bee, ficou famosa como a filha de Borat em Fita de Cinema Seguinte de Borat (Borat Subsequent Moviefilm: Delivery of Prodigious Bribe to American Regime for Make Benefit Once Glorious Nation of Kazakhstan, 2020). Rachel Sennott (a Alice) encara o papel principal do longa Shiva Baby (2020). E, por fim, Myha’la Herrold (a Jordan) encabeça o elenco da série Industry, da HBO Max. Ou seja, são talentos em ascensão, portanto não o típico amontoado de atores iniciantes de uma produção menor.

Vale o sacrifício

Mas todo esse arcabouço detrás das câmeras não evita que a experiência de assistir a Morte Morte Morte seja desagradável. Os personagens todos são irritantes e, embora isso faça parte da proposta, é duro suportar as falas idiotas desses jovens desmiolados que perderam a noção dos valores que realmente importam. Nesse sentido, o desfecho consegue salvar o filme, pois dá uma lição de moral nessa geração. Já a filmagem parece amadora, com uma fotografia escura demais e câmera trêmula ao exagero. Além disso, a trilha musical eletrônica (não aquela típica de John Carpenter mas aquela que toca nas baladas) torna o filme quase insuportável.

A trama é bem simples e lembra o subgênero slasher, apesar de que a trama vá mais para o lado do mistério, do whodunit para descobrir quem é o assassino. Uma turma se reúne na casa do mais rico deles, na ausência dos pais, para uma festa particular. Em meio a drogas e bebidas, surge a brincadeira “bodies bodies bodies”, uma espécie de Detetive na qual o participante morre se o assassino bater em suas costas. Porém, as mortes acontecem de verdade.

Enfim, não é uma experiência cinematográfica das melhores. Mas, se você aguentar o sacrifício, a recompensa é a adequada crítica que o filme propõe.

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Ficha técnica:

Morte Morte Morte | Bodies Bodies Bodies | 2022 | 94 min | EUA | Direção: Halina Reijn | Roteiro: Sarah DeLappe | Elenco: Amandla Stenberg, Maria Bakalova, Rachel Sennott, Chase Sui Wonders, Pete Davidson, Myha’la Herrold.

Distribuição: Sony.

Trailer:
Morte Morte Morte
Onde assistir:
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