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O Diabo de Cada Dia
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O Diabo de Cada Dia

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

O Diabo de Cada Dia revela o mal se espalhando pelos EUA, através da violência que se torna o caminho preferido diante da falência da igreja e do governo.

A entrada do mal

O mal entra na estória trazida por Willard (Bill Skarsgård), quando retorna da Segunda Guerra Mundial, onde vivenciou cenas horríveis. Ele ensina seu filho pequeno Arvin a resolver a agressão que sofreu na escola retaliando com uma violência ainda maior. Quando se torna adulto (papel de Tom Holland), ele segue essa lição para que alguns rapazes parem de maltratar sua irmã adotiva mais jovem.

E Arvin se torna ainda mais letal quando recebe de presente a pistola que seu pai trouxe da guerra. Torna-se, então, um justiceiro. No fim do filme, ele abandona o revólver, mas pensa em se alistar para a Guerra do Vietnã, retomando o ciclo que iniciou a estória do filme.

A violência se torna o caminho porque a igreja, e mesmo a religião, estão distorcidas. A cruz para a qual Willard reza para pedir a deus para salvar sua vida, acaba se tornando um altar para sacrifício animal. O religioso fanático que passa pela cidade mata sua mulher pensando que deus a ressuscitará. E o novo pastor que chega à cidade usa seu cargo para seduzir as adolescentes.

O mal está também no governo, representado pelos policiais e políticos locais. O delegado Lee Bodecker (Sebastian Stan) encoberta a prostituição e os crimes em série de sua irmã e seu cunhado. Além disso, ele é o matador de aluguel dos políticos.

Dirigido por Antonio Campos

O diretor Antonio Campos, conhecido por seu filme Christine: Uma História Verdadeira (2016), sobre a apresentadora que se matou num programa ao vivo, faz um retrato frio e pessimista desse cenário violento. Nem mesmo a narrativa onipresente de Donald Ray Pollock, escritor do livro que deu origem ao filme, é usada para conquistar a empatia do espectador sobre o personagem Arvin, que conduz a estória. Isso tira um pouco da emoção, mas se alinha com o objetivo de não permitir que o público se deixe levar cegamente pelo mal, como acontece com os personagens de O Diabo de Cada Dia. É o que o título original sugere: eles pensam que falavam com deus, mas era com o diabo o tempo todo.


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