O Doce Corpo de Deborah é o primeiro de uma série de filmes que a atriz estadunidense Carroll Baker rodou na Itália. A maioria explora sua imagem de sex symbol, conquistada principalmente a partir de Boneca de Carne (Baby Doll, 1956), de Elia Kazan.
De fato, o diretor Romolo Guerrieri, que havia feito dois spaguetti westerns, coloca a sensualidade ao lado do suspense em O Doce Corpo de Deborah. Principalmente na parte inicial, quando mostra o casal protagonista, recém-casado, em várias cenas apimentadas na cama, na ducha etc., e ainda no strip tease que assistem numa boate. Enquanto isso, o suspense surge aos poucos, a partir do momento em que o marido, Marcel (Jean Sorel), encontra Philip (Luigi Pistilli), um velho amigo. E este lhe diz que Suzanne (Evelyn Stewart), a ex-namorada de Marcel, se suicidou. E culpa Marcel por isso.
A partir daí, o casal recebe telefonemas ameaçando matar Deborah (Carroll Baker), como punição pela morte de Suzanne. A principal suspeita logo recai sobre Philip, que supostamente se apaixonara pela falecida. Porém, isso só será desvendado na conclusão, quando as ameaças se tornam concretas.
Mas, a proposta da sensualidade esbarra na presença de uma celebridade como protagonista. Na verdade, há pouca ousadia, e o filme apresenta mais nudez da stripper do que de Carroll Baker. Além disso, para um giallo, a violência também é tímida demais, pois surge apenas no desfecho que é, também, frustrante porque desvenda o mistério de uma forma simples e pouco convincente.
Enfim, com essa trama frágil, O Doce Corpo de Deborah tem como atrativo apenas a beleza dos protagonistas Carroll Baker e Jean Sorel, e da cidade de Genebra.
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Ficha técnica:
O Doce Corpo de Deborah | Il dolce corpo di Deborah | 1968 | Itália, França | 96 min | Direção: Romolo Guerrieri | Roteiro: Ernesto Gastaldi, Luciano Martino | Elenco: Carroll Baker, Jean Sorel, Evelyn Stewart, Luigi Pistilli, Michel Bardinet, Renato Montalbano.
