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O Protetor (filme)
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O Protetor (2014)

Avaliação:
6.5/10

6.5/10

Crítica | Ficha técnica

O filme O Protetor (The Equalizer) deixa evidente que pretende lançar um protagonista duradouro. Para isso, constrói uma aura de mistério sobre o seu passado. Quem é Robert McCall? Um dos dançarinos que acompanhavam um cantor famoso nos anos 1970, como ele alega? Mas o que explicaria sua habilidade incomum de combate?

O roteiro não é material original. Deriva da série americana O Justiceiro (1985-1989), estrelada por Edward Woodward, que fazia um ex-agente da CIA agora atuando como detetive particular fazendo a justiça com as próprias mãos. Já o longa-metragem desta crítica prefere omitir esse passado. Por isso, em sua última cena, mostra o personagem com o livro “O Homem Invisível”, de H.G. Wells, simbolizando essa sua característica.

Interpretado por Denzel Washington, Robert McCall vive sozinho, trabalha numa megastore de material de construção e tenta ajudar as pessoas ao seu redor. Quando uma jovem garota de programa russa que ele conhece no restaurante que frequenta sofre agressões quase letais do seu cafetão, McCall resolve revidar por conta própria. Então, enfrenta uma perigosa máfia russa, demandando que ela não atue mais na sua cidade, Boston.

Denzel e Fucqua

Denzel Washington estrelou o melhor filme do diretor Antoine Fucqua, Dia de Treinamento (Training Day, 2001). Grande ator, não resta dúvida que Denzel consegue encarnar esse anti-herói ultraviolento, impiedoso e implacável na aniquilação dos bandidos. Mas, provavelmente por orientação de Fucqua, ele alterna momentos de certo glamour com outros de underdog.

Por exemplo, na sua primeira investida, McCall calcula com precisão quantos segundos levará para detonar a gangue do cafetão russo. Isso retrata com brilho a capacidade sobre-humana deste justiceiro. É uma pena que esse recurso não seja recorrente ao longo do filme. Por outro lado, já não funciona tão bem o clichê do personagem caminhando em direção à câmera enquanto acontece as grandiosas explosões do navio petroleiro e sua carga. Por fim, o glamour volta com força no clímax derradeiro sob a água dos sprinklers dentro da loja de materiais. O uso da câmera lenta nesse trecho é muito bem-vindo, principalmente por contrastar com as exageradamente rápidas cenas de ação que são até difíceis de entender.

O lado underdog de McCall surge principalmente no seu caminhar. Em vários momentos, ele caminha de costas para a câmera, com os ombros caídos, parecendo um derrotado mesmo após acabar com seus inimigos.

Contudo, o maior problema em O Protetor é que Antoine Fucqua não é um ótimo diretor. No máximo, fica um pouco acima da média. Ele se perde em quesitos essenciais. Como, por exemplo, nas citadas cenas de combates excessivamente rápidas. Ou, até mesmo na incapacidade de mostrar claramente a localização dos personagens no embate final na loja. Em alguns momentos, nem sabemos de onde vêm os tiros.

Enfim, O Protetor possui um roteiro caprichado, que constrói com consistência um personagem repleto de carisma. Nas mãos de um diretor mais talentoso, renderia um filmaço. Mas Antoine Fucqua acaba desequilibrando a balança.

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Ficha técnica:

O Protetor | The Equalizer | 2014 | 132 min | EUA | Direção: Antoine Fucqua | Roteiro: Richard Wenk | Elenco: Denzel Washington, Marton Csokas, Chloë Grace Moretz, David Harbour, Haley Bennett, Bill Pullman, Melissa Leo, David Meunier, Johnny Skourtis, Alex Veadov.

Onde assistir:
O Protetor (filme)
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