Os Três Mosqueteiros: Milady finaliza a megaprodução lançada em duas partes e iniciada com Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan (2023). O desfecho não altera a impressão de estarmos diante de uma aventura que não empolga, salvo por um ou outro momento. Neste filme, a exceção louvável é a cena do ataque dos navios ingleses, embora a luta homem a homem seja confusa, por ser difícil distinguir quem é francês e quem é inglês.
Confuso, aliás, parece ser a característica mais marcante desse segundo e último filme. Basicamente, o enredo envolve as artimanhas de Milady de Winter (Eva Green), que seduz as pessoas ao seu redor para conseguir o que busca. O mosqueteiro D’Artagnan (François Civil) é uma das suas vítimas, assim como Athos (Vincent Cassel) também foi no passado. Desta vez, D’Artagnan sofrerá uma perda trágica, e buscará se vingar da Milady.
As tramas paralelas, envolvendo a guerra entre católicos e protestantes, envolvem vários personagens secundários. Mal desenvolvidas, essas cenas das conspirações, em que ninguém pode confiar em ninguém, são confusas e cansativas. Enquanto isso, os três mosqueteiros são retratados de forma bem menos heroica do que o público gostaria de ver.
O que fica dessa nova adaptação de “Os Três Mosqueteiros” são os seus valores como uma superprodução com dimensões épicas, porém, sua história confusa e seus personagens fracos resultam numa experiência insossa.
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Ficha técnica:
Os Três Mosqueteiros: Milady | Les trois mousquetaires: Milady | 2023 | 115 min | França, Alemanha, Espanha, Bélgica | Direção: Martin Bourboulon | Roteiro: Matthieu Delaporte, Alexandre de La Patellière | Elenco: François Civil, Vincent Cassel, Romain Duris, Pio Marmaï, Eva Green, Louis Garrel, Vicky Krieps, Lyna Khoudri.
Distribuição: Paris Filmes.
Assista ao trailer aqui.