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Rainha do Mundo (filme)
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Rainha do Mundo

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

Rainha do Mundo é um drama psicológico com soberbas interpretações de duas atrizes que atingiram o estrelato posteriormente. Primeiro, Elisabeth Moss, que ganhou vários prêmios por The Handmaid’s Tale (2018). E, Katherine Waterston, atriz principal de Animais Fantásticos e Onde Habitam (2016).

Escrito e dirigido por Alex Ross Perry, Rainha do Mundo retrata, dia a dia, o processo do enlouquecimento. No caso, de Catherine (Elisabeth Moss), durante a semana que passa com sua melhor amiga Virginia (Katherine Waterston), na casa de campo dos tios desta. E, dois eventos detonam o estado mental de Catherine. Um é o fim do relacionamento com o namorado, que a traía. Já o outro é o suicídio do pai, um famoso artista cujos negócios ela administra.

Os diálogos chamam a atenção pela sua dureza. Os personagens conversam entre si com sinceridade incomum, muitas vezes soando agressivos e rudes. Apesar da amizade, Catherine e Virginia se atacam constantemente. E, não só no presente, como também no ano anterior, quando as duas também estiveram juntas na mesma casa, no mesmo período, em flashbacks que são identificados pelo corte de cabelo diferente de Catherine.

Logo, Virginia percebe que a amiga está desequilibrada, e tenta ajuda-la. Então, sugere hábitos mais saudáveis do que só dormir, tomar refrigerante e comer bolacha. Oferece uma salada à noite, que ela aceita, mas nunca chega a tocar nela. Quando o vizinho com quem Virginia tem um caso entra no já conturbado ambiente, Catherine começa a ser gradativamente mais agressiva, pois o rapaz não tem a simpatia por ela que Virginia possui. Até que chega uma fase em que Catherine já não consegue se comportar socialmente. Aliás, nem distinguir o que é real e imaginário.

Atuações

O trabalho das atrizes é admirável. Principalmente o de Elisabeth Moss, que atua com pouca maquiagem e convence no seu mergulho para dentro da loucura. Sentimos simpatia pela personagem, mas entendemos que ela está totalmente desequilibrada e que precisaria de cuidados médicos,. Por isso, não julgamos o comportamento não complacente do vizinho. Nesse sentido, uma cena em particular se destaca. É aquela no final do domingo, uma sequência sem cortes onde as duas atrizes dão um show ao relatarem suas experiências amorosas doloridas, enquanto a câmera alterna close ups de uma para a outra.

Em suma, Rainha do Mundo cativa o espectador como um relato de pessoas comuns convivendo com um processo gradativo de insanidade, com diálogos cortantes e interpretações inesquecíveis.


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