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Rebobine, Por Favor (filme)
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Rebobine, Por Favor

Avaliação:
3/10

3/10

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Crítica | Ficha técnica

A storyline de Rebobine, Por Favor é uma sacada genial. Na era final do VHS, uma locadora produz filmes caseiros imitando grandes sucessos do cinema que acabam conquistando vários clientes interessados nesse novo gênero de vídeo. Porém, o roteirista e diretor Michael Gondry não conseguiu desenvolver com essa ideia um roteiro à altura.

Gondry conquistou respeito com o elogiado Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças (2004), mas todos se lembram de sua carreira pela realização de videoclipes. Em Rebobine, Por Favor ele tropeça no desafio de criar a situação e a motivação para a storyline. O roteiro, forçado, tenta convencer que, enquanto o dono da locadora se ausenta para uma viagem, todo o acervo da loja é apagado quando o amigo do funcionário da loja entra no local depois de ser eletrocutado e ficar magnetizado. Essa solução fantasiosa não funciona, porque ela destrói a mínima linha de contato necessário com a realidade que a mise-en-scène estimula, ao colocar pessoas simples em uma loja pequena precisando de dinheiro.

Nada convincente

O que se segue a partir daí também não convence. Depois que apagam o acervo, o funcionário e seu amigo resolvem filmar a comédia Ghostbusters, na esperança que a antiga cliente da loja não perceba a diferença e não telefone para o patrão informando que a loja está uma bagunça. Ora, é preciso ter muita boa vontade para engolir esse rumo do roteiro. É duro seguir assistindo o filme, mas o que acontece é que o sobrinho da cliente e seus amigos adoram o que assistem e pedem que a dupla faça mais versões de outros filmes, o que acaba virando um negócio sob encomenda.

Para funcionar, talvez a trama devesse envolver a abertura de uma locadora em um local remoto, onde a população não tivesse acesso aos filmes originais e se resolvesse produzir filmes caseiros para economizar. Ou algo semelhante, mas que tornasse justificável o ponto de partida da ideia central.

Sentimentalismo exagerado

O final ainda exagera no sentimentalismo, tentando repetir Cinema Paradiso (1988), quando a locadora pode ser salva de a fecharem porque o último filme produzido de forma caseira se torna um sucesso na vizinhança.

O ator Jack Black se esforça em ser engraçado, mas o roteiro não ajuda. Dá para rir de algumas filmagens toscas de cenas famosas que a dupla tenta reproduzir, mas é só. Há participações especiais de nome conhecidos. Mia Farrow, particularmente, está em um papel que é sua cara, a de uma senhora meio maluquinha. A entrada de Sigourney Weaver, depois de já terem parodiado Ghostbusters, dá a impressão de que ela representa a si mesmo, mas não. Uma pena, porque seria mais interessante.

Portanto, não se entusiasme ao ler a sinopse de Rebobine, Por Favor. A ideia original não se concretizou em um bom filme.


Rebobine Por Favor (filme)
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