Robô Selvagem, da Dreamworks, chegou aos cinemas brasileiros com distribuição discreta da Universal Pictures. E, com atraso, depois de ser bem recebido pela crítica e público no mercado norte-americano. Repleto de mensagens, o filme é uma adaptação do best seller de Peter Brown.
A animação se passa num futuro próximo, quando uma robô cai na floresta selvagem e precisa se adaptar para sobreviver. Elaborada para auxiliar as pessoas urbanas, a robô Roz, precisa de um novo sentido para sua existência nesse ambiente selvagem. Em astuta solução do roteiro, ela possui um modo de aprendizagem rápido que a permite em pouco tempo entender as leis da natureza e até a se comunicar com os animais.
Quando ela acidentalmente derruba um ninho de ganso, descobri ali um ovo e cuida dele, protegendo-o das investidas de uma raposa esperta. Um filhote de ganso nasce e será criado por Roz e pela raposa. E, para que o enredo caminhe em alguma direção, Roz deve preparar o ganso para a vida. Primeiro, ensinando-o a nadar e, depois, a voar. Esse processo equivale à transição dos filhos para a idade adulta, quando saem da casa dos pais.
Robô Selvagem incorpora diversas mensagens. Entre elas, superar os seus defeitos (o ganso tem asas pequenas), quebrar o determinismo limitante (o ganso, apesar das asas pequenas, pode treinar o bastante para conseguir fazer a migração para o norte no inverno), praticar a solidariedade e o altruísmo, e, por fim, sugerir que o mundo tenha líderes pacifistas.
Acima de tudo, o filme coloca a natureza como a força preponderante sobre tudo o que a humanidade produz. Por isso, imagens mostram a cidade São Francisco, na Califórnia, submersa no mar. A melhor alternativa, portanto, seria aprender a conviver em harmonia com a natureza, como faz o personagem principal.
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Ficha técnica:
Robô Selvagem | The Wild Robot | 2024 | 102 min. | EUA | Direção: Chris Sanders | Roteiro: Chris Sanders.
Distribuição: Universal Pictures.
