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Sete Homens Sem Destino (1956)
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Sete Homens Sem Destino

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

Sete Homens Sem Destino marca a primeira colaboração entre o diretor Budd Boetticher e o ator Randolph Scott, que fariam mais seis filmes juntos.

Produzido pela Batjac, de John Wayne, este faroeste era para ser protagonizado pelo astro, mas sua agenda cheia não o permitiu. Não é de se estranhar, portanto, que o papel do personagem principal, Ben Stride, se assemelhe tanto ao típico herói vivido por John Wayne. Assim, Stride é um ex-xerife durão, extremamente íntegro, atormentado por se culpar pela morte da sua esposa, assassinada em um assalto a um banco, onde ela era caixa. Para Stride, ela só trabalhava porque ele estava desempregado, daí seu sentimento de culpa. De fato, um pensamento extremamente machista, mas condizente com a época da estória (final do século 19) e com a personalidade de John Wayne.

Entra Randolph Scott

E o papel de Ben Stride serviu perfeitamente para Randolph Scott, já um veterano ator de 58 anos, grande e viril como o próprio John Wayne. Na estória, ele sai atrás dos bandidos que roubaram o banco e mataram sua mulher, para eliminar todos – os sete do título do filme. Dois deles Stride aniquila friamente logo nos primeiros momentos, sinalizando uma objetividade que caracteriza o roteiro que acompanharemos.

Na sua jornada de vingança, Stride encontra um casal do leste, tentando chegar à Califórnia para uma nova vida. Porém, os dois não estão habituados ao ambiente selvagem do velho oeste, e Stride aceita a companhia deles para apoiá-los. Depois, dois ex-moradores da cidade de Silver Springs se juntam ao grupo. Mas, logo cobiçam a bela mulher e fazem troça do marido, que eles consideram delicado demais.

Na verdade, Ben Stride também se sente atraído pela beleza de Annie Greer (Gail Russell), mas sua retidão não o deixa cair em tentação. Há uma cena emblemática, perto do final, que ilustra bem essa situação. É o plano que mostra o casal, sentado na carruagem deles, se aproximando da tela, e a figura de Randolph Scott no meio dos dois, ficando para trás.

Direção de Budd Boetticher

Como sempre, o diretor Budd Boetticher mantém seu estilo eficiente de fazer filmes B. Sem ousar muito, mas sempre colocando a estória à frente. Além disso, o herói atormentado marca sua preocupação em dar alguma profundidade aos protagonistas de seus filmes.

Um detalhe engraçado é a insistência em cenas onde os personagens tomam café, desde a primeira sequência onde Ben Stride mata suas primeiras vítimas. Provavelmente involuntário, esse padrão curioso lembra as numerosas portas se fechando em O Monstro do Ártico (1951).

Enfim, quanto ao elenco, vale notar que Randolph Scott encerrou sua carreira com honra, graças à parceria com Budd Boetticher. Além dele, encontramos a belíssima Gail Russell, que brilhara em O Anjo e o Malvado (1947), ao lado de John Wayne. Aqui, ela já sofria os efeitos de sua dependência de álcool, que a levaria à morte aos 36 anos, em 1961. Merece destaque, também, Lee Marvin, ainda desconhecido do grande público, no papel de Bill Masters.

Sete Homens Sem Destino dá o tom para os próximos filmes com Boetticher e Scott. Juntos, fazem o faroeste B com foco na ação e preocupação com a profundidade do protagonista.


Onde assistir:
Sete Homens Sem Destino (1956)
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