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Sobrenatural (filme)
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Sobrenatural

Avaliação:
7.5/10

7.5/10

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Crítica | Ficha técnica

Sobrenatural (Insidous) marca a segunda incursão do diretor James Wan e do roteirista (e ator) Leigh Whannell no terror do outro mundo. A dupla surgiu com Jogos Mortais (Saw, 2004), e expandiria o êxito a partir de Invocação do Mal (The Conjuring, 2013), que ganhou status de “universo” com suas sequências e spin-offs.

Embora o ator Patrick Wilson, um dos protagonistas de Invocação do Mal, esteja em Sobrenatural, este filme não faz parte desse universo. Aliás, mesmo trazendo, também, a figura dos caça-fantasmas que auxiliam o casal principal – Josh Lambert (Wilson) e Renai (Rose Byrne) – a se livrar das assombrações. O estilo de Sobrenatural é diferente do tom mais leve, porém assustador, dos filmes do universo, que inclui Annabelle (2014) e suas continuações.

Sobrenatural é mais pesado no sentido de ter o objetivo de aterrorizar o espectador. Logo após o casal, com seus três filhos pequenos, se instalarem na nova casa que compraram, as aparições começam. Gradativamente, o perigo aumenta, a princípio percebido apenas pelas crianças e pela esposa, que acredita que a casa está mal-assombrada. Mas o filme quebra esse clichê e revela que não é bem a casa que sofre desse mal.

As criaturas do além aparecem, sim, na tela, cada vez mais e cada vez com maior visibilidade. Nesse sentido, o filme se inspira no terror japonês, que costuma revelar os obakes de forma assustadora. E, como no cinema nipônico, James Wan alinha as aparições com inserções musicais impactantes, o que potencializa o susto. Mas faz bem em não manter os monstros por muito tempo em cena, e sempre filmá-los com movimento (da câmera ou da criatura). Com isso, evita que o espectador se acostume com a aparência delas, ou que possa ter tempo para avaliar se são realmente assustadoras.

A direção precisa de James Wan

Além disso, a construção do clima sombrio passa também pela forma de filmar. Tomadas com a câmera na mão são frequentes, mas não gratuitas, tal como os enquadramentos inclinados e o uso de lentes que distorcem, principalmente na primeira parte do filme, com a intenção de induzir o espectador a pensar que a assombração está na casa.

Por fim, vale notar que James Wan já indica aqui é possível um terror sem apelo à violência gráfica. Não há imagens grotescas, a marca de sangue da mão do ser sobrenatural no lençol já basta para criar o horror. Contudo, Wan parece abandonar esse terror elegante em seu filme mais recente, Maligno (Malignant, 2021). Resta ver qual será o caminho que ele tomará de agora em diante. A torcida fica para que ele continue a realizar filmes brutais e assustadores, como este Sobrenatural, sem recorrer ao gore.

Sobrenatural ganharia três sequências, com qualidades cada vez mais inferiores conforme James Wan foi se afastando dos projetos.


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