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Southland Tales (filme)
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Southland Tales: o Fim do Mundo

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

Em “Southland Tales: o Fim do Mundo”, o diretor e roteirista Richard Kelly extrapola a ousadia de seu filme anterior “Donnie Darko” (2001), trazendo para as telas um futuro próximo caótico à altura das loucuras de “Brazil, o Filme”. É o mesmo nonsense que flerta com o cômico, porém, choca mais que o filme de Terry Gilliam por se aproximar em tempo e localização ao que vivemos hoje.

Uma bomba nuclear explode no Texas e o mundo se transforma. Nos Estados Unidos, os estados ganham força e há necessidade de visto para se atravessar suas fronteiras. Na Califórnia, precisamente em Los Angeles, há vigilância por toda a parte, seja por militares nas ruas, seja eletronicamente, através de uma agência de informações.

O famoso ator Boxer Santaros (Dwayne Johnson) é sequestrado depois devolvido com amnésia. Ele havia escrito um roteiro com a atriz pornô Krista Now (Sarah Michelle Gellar) que previa acontecimentos que se concretizaram e, por isso, virou alvo de estudo. Enquanto isso, um cientista inventa a solução para a falta de combustível, através de uma energia originada pelo movimento das ondas do mar, e quer lucrar com sua descoberta.

Sem protagonistas

Há uma quantidade grande de personagens, e nenhum deles como protagonista. Essa talvez seja a maior falha do filme, que por isso não consegue engajar o espectador, que acaba se perdendo tentando entender os detalhes da estória. Esforço em vão, pois o projeto envolve também graphic novels para uma compreensão completa. Mas dá para curtir o filme com a visão de que ele procura principalmente ser sarcástico com os possíveis desdobramentos que a atual política mundial poderia acarretar em caso de um ataque nuclear. Como em “Dr. Fantástico”, o humor negro não causa gargalhadas, mas sorrisos nervosos.

Alguns comediantes fazem parte do elenco, provando o tom irônico do filme. Cheri Oteri e Amy Poehler, do programa “Saturday Night Live” marcam presença em papéis pseudo sérios. Trouxeram, ainda, de volta às telas aquela senhora baixinha de “Poltergeist, o Fenômeno” (Poltergeist, 1982), com sua voz arrepiante (Zelda Rubinstein). Mas o nada talentoso ator Dwayne Johnson é quem representa melhor “Southland Tales: o Fim do Mundo”. Ele faz seu trabalho da melhor forma que pode, mas o resultado é totalmente caricato. O filme, igualmente, é tão kitsch quanto “Barbarella” (1968). Indicado somente para quem gosta dessas farsas.


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