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Suzi Q (filme)
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Suzi Q

Avaliação:
8/10

8/10

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Crítica | Ficha técnica

O documentário Suzi Q revela o talento e a sensibilidade da pioneira baixista e vocalista de rock dos anos 70.

Talvez nem os fãs de Suzi Quatro conheçam todas as facetas dessa artista com múltiplos talentos. O que a maioria sabe é que ela começou a tocar baixo e cantar em sua própria banda na Inglaterra, estreando com o álbum autointitulado de 1973.

Porém, bem antes, dos seus 15 anos até 1969, ela fez parte da banda Pleasure Seekers, com sua irmã Patti, e mais duas integrantes. Formada em Detroit, já inovava por ser composta somente por mulheres. Depois, integrou o Cradle, que ela não curtiu muito porque ela não podia fazer os vocais principais.

Então, recebeu um convite do produtor Mickie Most para sair da banda, e fez uma histórica sessão de estúdio com Jeff Beck e Cozy Powell. Então, partiu para Londres, onde formou sua banda, que contava com o namorado e futuro marido Len Tuckey.

Início em Londres

A carreira de Suzi Quatro decolou quando ela tocou no programa Top of the Pops da televisão inglesa. Vestindo um macacão de couro inspirado no filme Barbarella (1968), cantando e tocando baixo com habilidade e uma forte atitude, ela fez a canção “Can the Can” ser um sucesso nas paradas.

Logo, iniciaria uma série de turnês, e sua fama cresceria. Curiosamente, ela abriu para o Slade na mesma tour que marcou a trajetória do Thin Lizzy, como conta o documentário Phil Lynott – Songs for While I’m Away (2020).

Suzi Quato embarcou na onda do glam rock, apesar de não fazer parte dessa tendência. Segundo os depoimentos, talvez esse seja um dos motivos de ela nunca ter alcançado o topo do sucesso nos Estados Unidos.

Enfim, esses são os fatos que a maioria conhece. Mas, Suzi Quatro revelaria outras facetas.

Expandindo seus talentos

Suzi Quatro tinha mais cartas escondidas em suas mangas. Primeiro, foi atriz da série Happy Days, interpretando a personagem Leather Tuscadero. E, com ótima recepção do público, pois permaneceu durante três temporadas (1977 a 1979). Aliás, no documentário, Joan Jett, que sempre foi fã de Suzi Quatro, confessa que muitas pessoas nas ruas a confundiam com Leather Tuscadero.

Depois, ela invadiu os musicais do circuito londrino. Começou com “Annie Get Your Gun”, atuação que lhe garantiu a única manifestação de orgulho de seu pai em relação à sua carreira. Em seguida, escreveu ela mesmo um musical sobre Tallulah Bankhead. E, ainda, vários livros.

Os depoimentos que ela gravou para o documentário evidenciam esses e outros talentos de Suzi Quatro. Sua eloquência revela uma inteligência aguçada, que se alimenta ainda de uma sensibilidade especial, explicitada nos versos que ela escreve para o filme.

Ao contrário de outras celebridades, Suzy Quatro não fez fama com escândalos. Como ela própria diz, ela não era “sexo, drogas e rock’n’roll”, nem uma feminista. Ela era apenas uma garota católica que sabia o que gostava de fazer e foi atrás com muita vontade. Por isso, continua na ativa até hoje.

Por outro lado, essa sensibilidade desnuda os emocionantes momentos em que Suzi Quatro expõe seus arrependimentos. Principalmente, em relação à amargura que causou para a sua família por partir sozinha, sem as irmãs, em busca de sua carreira em outro país.

O filme conta com depoimentos das irmãs, do ex-marido e companheiro de banda, de colegas músicos, enfim, de todas as pessoas ligadas à vida pessoal e profissional de Suzi Quatro. Além disso, há muito material antigo e inédito.

No entanto, o que mais se sobressai é a revelação do lado humano dessa artista. Quem já gosta de Suzi Quatro, vai gostar mais ainda. Quem não a conhece, se encantará.


Onde assistir:
Suzi Q (filme)
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