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Todas as Canções de Amor (filme)
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Todas as Canções de Amor

Avaliação:
9/10

9/10

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Crítica | Ficha técnica

Em Todas as Canções de Amor, a música impulsiona a narrativa e dá o tom das suas cenas.

O conceito do filme é delicioso. Ana (Marina Ruy Barbosa) e Chico (Bruno Gagliasso) encontram um antigo aparelho de som 3 em 1 no apartamento onde iniciam sua vida de recém-casados. Dentro do equipamento, há uma fita cassete marcada como “Todas as Canções de Amor”, gravada por Clarice (Luiza Mariani) para Daniel (Julio Andrade).

À medida que ouvem essa playlist, Ana se inspira em escrever um livro sobre o romance entre esses dois amantes que ela não conhece. Então, ela imagina como teria sido esse relacionamento. Dessa forma, o filme acompanha em paralelo os dois casais, sempre seguindo a canção tocada na fita. Enquanto um inicia a vida de casados, o outro se encontra em seu fim.

A playlist

A princípio, temos a impressão de que a seleção será elitista. Afinal, a lista começa com uma composição de Cartola. Mas, no decorrer, da estória, as escolhas se abrem para estilos variados, incluindo Zezé di Camargo & Luciano, Blitz, e até lambada. Na verdade, essa variedade é necessária para a narrativa, pois são as músicas que ditam o tom das cenas. E os casais passam por momentos românticos, sensuais, tristes, conflituosos etc. E é genial como os ciclos dos casais partem de extremos, início e fim de relacionamento, e chegam ao mesmo ponto, quer seja, a conciliação entre a paixão e a briga.

Além disso, a trilha sonora garante a fluidez de Todas as Canções de Amor. Primeiro, porque são diegéticas, ou seja, tocadas dentro da cena, e assim, permitem a transição suave entre os casais, que quase sempre compartilham o mesmo local, porém em épocas distintas – Clarice e Daniel vivem nos anos 1980/90.

Centro de São Paulo

Por outro lado, as cenas não se restringem apenas ao apartamento ou a cenários internos, e invadem locações na região central de São Paulo. Aliás, o trabalho do diretor de fotografia Gustavo Hadba é belíssimo. Ele consegue um retrato do centro paulistano com tons dourados que ressaltam o período áureo de suas antigas construções. Podemos arriscar a dizer que Todas as Canções de Amor traz um dos mais belos skylines da capital já levados para a tela do cinema.

Porém, Todas as Canções de Amor possui uma grande quantidade de diálogos, principalmente na sua primeira metade. Apesar de trazerem linhas bem escritas, em alguns trechos parecem artificiais, por serem elaboradas demais.

Mas, isso acontece somente em alguns momentos, e não chega a estragar o prazer de assistir a essa criativa ideia transformada em um delicioso filme (duplamente) romântico.


Onde assistir:
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