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A Promessa (filme)
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A Promessa (2001)

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

O suspense policial A Promessa (The Pledge), de Sean Penn, parece levar para um desfecho típico dos thrillers de investigação, mas seu final surpreende e determina a força do imponderável.

A trama começa com um lugar-comum. O detetive policial Jerry Black (Jack Nicholson) está a seis horas de se aposentar. Mas enquanto acontece uma celebração em sua homenagem, um garoto encontra nas geleiras uma menina de oito anos que acaba de ser estuprada e morta. Então, ao confrontar a mãe da vítima, Jerry promete, pela salvação de sua alma, descobrir quem é o culpado. Quando a polícia oficializa um índio com deficiência intelectual como o responsável pelo crime, Jerry não fica convencido. Por isso, continua investigando por conta própria.

Assim, ele acaba se mudando para a cidade onde ele acredita estar o culpado, e lá se envolve num relacionamento com Lori (Robin Wright), mãe divorciada da menina Chrissy (Pauline Roberts). Mas, obcecado em cumprir a sua promessa, ele acaba colocando a vida da garotinha em risco. O desfecho levará ao rompimento do seu relacionamento com Lori e, além disso, à danação de sua alma em vida, como se fosse a punição pelo não cumprimento de sua promessa.

O imponderável

Somente o espectador conhece a verdade, a de que realmente ele estava certo quanto ao assassino em série. Porém, o imponderável (um acidente de trânsito) impediu que ele chegasse ao local da emboscada. Na verdade, não só o espectador sabe o que aconteceu, mas também algum ser superior, como indicam as várias tomadas que filmam Jerry lá do alto, como um deus observasse se ele realmente cumpriria sua promessa. O diretor Sean Penn insiste bastante nesse recurso, deixando claro que essa questão é a essência do filme. Por isso, faz parte até do título da película.

No seu terceiro longa que dirige, Sean Penn está à vontade para arriscar o uso do zoom da câmera para causar impacto. E, ademais, para brincar com a expectativa do espectador. Por exemplo, ao usar a bexiga voando pelos ares para alertar aqueles que entendem a referência a M – O Vampiro de Dusseldorf (M, 1931), de Fritz Lang.

A Promessa é um filme consistente. Trabalha com essas referências para conduzir o público a pensar que pode antecipar a conclusão. Dessa forma, coloca o espectador numa situação similar à do protagonista quando desconfia de suas intuições. Mas, por isso mesmo, não tem o final que o público espera, terminando num tom amargo.


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