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Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro
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Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora é Outro

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

Capitão Nascimento combate o sistema corrupto em “Tropa de Elite 2”

A continuação de “Tropa de Elite” (2007) se inicia com o personagem principal, o mitológico Capitão Nascimento (Wagner Moura), enfrentando uma emboscada. Na narração em off, ele começa a contar os fatos que culminaram nesse momento, retrocedendo quatro anos, quando explode um motim em Bangu I, o presídio de segurança máxima do estado do Rio de Janeiro.

O BOPE, tropa de elite comandada por Nascimento, intervém e mata alguns amotinados, justo quando o ativista dos Direitos Humanos, Diogo Fraga (Irandhir Santos), negociava com o líder. A ação desagrada os políticos, inclusive o governador do Rio, e Nascimento acaba recebendo uma promoção, Na verdade, é uma desculpa para afastá-lo da sua tropa, para trabalhar na Inteligência da Segurança.

“Tropa de Elite 2” explora mais acentuadamente a angústia pessoal de Nascimento do que no filme anterior. Logo após a operação em Bangu I, acompanhamos sua chegada ao apartamento onde vive sozinho. A câmera enquadra a cozinha do lado esquerdo, iluminada, e a porta de entrada do lado direito, escura. A essa altura do filme, o protagonista equilibra o seu lado mais duro, a violência exigida em sua profissão, e o conforto que encontra em sua residência.

Em momento posterior, bem mais adiante, o mesmo enquadramento mostrará o lado esquerdo muito pouco iluminado, praticamente tão escuro quanto o direito. Nesta hora, a vida pessoal de Nascimento também está amarga. Sua ex-mulher se casou com seu rival ideológico, o agora deputado Diogo Fraga, seu filho contesta as suas atitudes no BOPE, e seu amigo da tropa, André (André Ramiro), se sente traído por ele.

Corrupção

Fora da linha de frente, Nascimento descobre o sistema corrupto que usa os traficantes, e a própria polícia militar, para conquistar mais votos para os políticos no poder. O ex-capitão percebe que enfrentar esses inimigos é muito mais complicado do que os líderes criminosos que atuavam nas favelas. As investigações, e as consequentes conclusões de Nascimento, o espectador acompanha ao longo das narrações do personagem, recurso muito eficaz para transmitir o sentimento dele, cada vez mais amargurado.

Há menos ação do que no primeiro filme, mas o diretor José Padilha não deixa que a trama se transforme em um drama político. Os planos são curtos e, sempre que a estória permite, algum personagem está sob ameaça, e cenas violentas pipocam em ritmo constante. A reviravolta final parece forçar um desfecho hollywoodiano, e pode desagradar, mas deu certo para Padilha. Em seguida a essa produção, ele foi convidado para dirigir a refilmagem de “Robocop” (Robocop, 2014).


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