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Robocop (filme)
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Robocop (2014)

Avaliação:
7/10

7/10

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Crítica | Ficha técnica

Robocop (2014) é a refilmagem do cult RoboCop – O Policial do Futuro (Robocop, 1987), de Paul Verhoeven.

Num futuro próximo, robôs solucionam o problema da violência urbana em vários países do mundo, exceto nos Estados Unidos, onde se localiza o fabricante dessas máquinas. A empresa que fabrica essas máquinas, sendo norte-americana, não se conforma com a situação, e se adapta para conseguir a aprovação. Para isso, precisa colocar uma pessoa dentro do robô. Então, o policial Alex Murphy, semimorto após um atentado, é escolhido para essa difícil experiência.

O filme de 1987 recebeu acalorados comentários por ser muito violento. Para os padrões atuais, não há nada que choque, mas o que salta aos olhos é a edição nervosa e a interação com o noticiário televisivo. Esse gancho se repete nesta refilmagem, que abre com o carismático Samuel L. Jackson na pele de Pat Novak, um apresentador de noticiários policiais sensacionalistas.

Quanto à violência, o novo filme não a explora. O que impressiona mesmo são as imagens detalhadas do que restou do corpo de Alex Murphy e aproveitado dentro do Robocop. Praticamente apenas a cabeça, pescoço e tórax. Assim, se a cena marcante do filme de Paul Verhoeven era a que um dos bandidos recebia um banho de ácido, no filme de José Padilha essa visão do que sobrou de Murphy é que gruda na mente.

As cenas de ação ganharam bastante com a modernidade, podendo agora incluir vários robôs quase humanos e outros de proporções grandes. Além disso, o ritmo é ágil e os cortes eficientes, felizmente sem usar planos de milésimos de segundo que atordoam o espectador. O que poderia ter sido mais explorado, no entanto, é a imagem iconográfica do Robocop atirando para os lados sem precisar olhar para o alvo.

Elenco e direção

O ator sueco Joel Kinamann vive Alex Murphy. Ainda pouco conhecido fora de seu país, ele se sai bem nesse papel que carrrega muito drama psicológico. O humano por dentro da máquina precisa superar a manipulação de seu cérebro para não ferir as pessoas que ama. Murphy precisa, ainda, superar o desejo de vingança de sua fase pré-Robocop para não agir como máquina.

Michael Keaton, na pele do proprietário da empresa que fabrica os robôs, não exagera na caracterização de vilão e sua perversidade cresce conforme as necessidades de sua empresa. Como ele viveu outro herói anteriormente, o Batman, que parecia estar dentro de uma armadura, sobra uma analogia não intencional interessante. O papel de mau caráter mor ficou com Jackie Earle Haley (Rick Mattox), que fica contra a ideia de colocar humanos dentro das máquinas. Gary Oldman vive o cientista do lado bom, que ajuda Murphy. Mas, se Oldman estivesse no papel de vilão, o filme poderia ganhar tons mais sombrios.

O diretor brasileiro José Padilha, famoso por Tropa de Elite (2007) e sua sequência de 2010, agora encara um filme policial fictício. Era de se esperar um tom mais realista para Robocop, mas Padilha preferiu manter abordagem semelhante ao filme de 1987. Pelo menos, isso satisfaz os fãs daquela versão e deverá atrair admiradores desta. Um início promissor no mercado internacional. Agora, ele está envolvido na série Narcos, da Netflix.


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