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Poster do filme "Twisters"
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Twisters

Avaliação:
6/10

6/10

Crítica | Ficha técnica

Twisters não é uma sequência de Twister (1996), de Jan de Bont. Esse novo filme, dirigido por Lee Isaac Chung (de Minari [2020]), soa como uma nova versão atualizada daquele, por isso toma até a cautela de creditar os roteiristas originais, Michael Crichton e Anne-Marie Martin. A atualização abrange as tecnologias usadas dentro da trama para caçar e investigar tornados, e, na sua produção, o que os efeitos especiais e visuais conseguem fazer hoje no cinema.

No entanto, como o próprio enredo alerta, tecnologia não é tudo. E Twisters resultou num filme bem menos empolgante do que o original. Mas começa com um prólogo impactante, com um desfecho inesperado. Um grupo de jovens amigos, muito animado e unido, se arrisca atrás de um tornado em Oklahoma, sob as instruções de Kate (Daisy Edgar-Jones), que quer testar na prática seu plano de dissipar torpedos. A tragédia que se segue a afasta do estado por cinco anos.

Em Nova York, o apelo de ajuda de Javi (Anthony Ramos), um dos membros daquela turma, a convence a voltar a Oklahoma. A possibilidade de parar o surto de tornados devastadores no seu local natal apela para aquilo que fez Kate se aprofundar na ciência desse assunto. O filme, então, apresenta o outro protagonista, Tyler (Glen Powell), como o oposto de Kate. Esse cara egocêntrico criou um canal que está bombando no Youtube com seus perigosos registros de tornados. Por causa dele, curiosos e até turistas transformam a caça aos tornados num circo.

Romance no turbilhão

A trama aposta no romance em meio à ação. Uma sequência de planos alternados entre Kate e Tyler falando a mesma coisa numa perseguição a um tornado revela que os dois possuem muita coisa em comum. Ambos são profundos entendedores e interessados bi assunto. Porém, o que aparentemente os separa é a motivação de cada um. Enquanto Kate se preocupa em descobrir como impedir as tragédias, Tyler quer ganhar dinheiro em cima do tema. Através de uma solução simplista e nada original, esse empecilho desaparece. Daí para frente, parece que Tyler nem é mais o mesmo personagem.

Essa trama romântica nunca convence. Charmosos isoladamente, o filme falha em mostrar faíscas de paixão entre os dois personagens. O interesse mútuo fica mais no profissional do que no pessoal. Eles sequer trocam olhares, muito menos se tocam ou se beijam. Fica tudo para o epílogo, que força uma revelação no clichê do adeus do aeroporto.

Quanto à ação, Twisters gasta todas as suas fichas no prólogo citado acima.  O diretor Lee Isaac Chung erra na dosagem dos confrontos com tornados. Todas essas sequências almejam o pico dramático, todos os fenômenos são destruidores. Então, sem balancear as emoções, depois da segunda sequência, o filme já não tem mais nada de novo, ou superior, a oferecer. E, ausente essa dinâmica, fica tudo no mesmo patamar, sem aquele necessário crescendo de emoções.    

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Ficha técnica:

Twisters | 2024 | 117 min | EUA | Direção: Lee Isaac Chung | Roteiro: Mark L. Smith | Elenco: Daisy Edgar-Jones, Glen Powell, Anthony Ramos, Brandon Perea, Maura Tierney, Harry Hadden-Paton, Sasha Lane.

Distribuição: Warner.

Trailer:

Trailer de “Twisters”
Onde assistir:
Cena do filme "Twisters"
Cena do filme "Twisters"
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