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Um Príncipe em Nova York 2 (filme)
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Um Príncipe em Nova York 2

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

Um Príncipe em Nova York 2 se adapta ao politicamente correto e perde a graça.

O primeiro filme, lançado em 1988, era repleto de piadas sujas. Como diretor, estava John Landis, que ganhou notoriedade com comédias picantes como Clube dos Cafajestes (1978). A princípio, a presença de Craig Brewer na direção de Um Príncipe em Nova York 2 prometia o mesmo nível de baixaria. Afinal, ele realizou Meu Nome é Dolemite em 2019, também com Eddie Murphy como protagonista.

Mas, aqui as piadas mais ousadas são raras. Basicamente, saem das bocas dos personagens da barbearia em Queens, que são o que há de mais engraçado no filme. Na verdade, as impersonificações de Eddie Murphy e Arsenio Hall eram e continuam sendo hilariantes.

Trama forçada

Já a trama é bem forçada. Quando o rei de Zamunda morre, Akeem se torna o rei e precisa buscar um herdeiro. Como ele só tem três filhas, o governante do país vizinho agora pretende que seu filho se case com a mais velha delas para serem os sucessores ao trono. Eis que descobrem que Akeem tem um filho ilegítimo gerado na sua viagem para Nova York, há 30 anos. Então, Akeem e Semmi retornam para a América para localizá-lo e trazer para Zamunda.

Tudo isso acontece rapidamente no filme, numa tentativa de não deixar o público pensar muito nessa trama absurda. Porém, quando o rapaz, Lavelle, precisa passar por uns testes para provar ser digno de ser o herdeiro, Um Príncipe em Nova York 2 se torna maçante. Para piorar, ele repete o que aconteceu com o pai, e se recusa a se casar com a filha prometida do rei do país vizinho. Ou seja, toda a enrolação dos desafios não serviu para nada.

Bandeiras

Por outro lado, Um Príncipe em Nova York 2 levanta duas bandeiras. Uma delas, já presente no filme de 1988, é do racismo. Ou seja, é um conto de fadas só com personagens negros, repetindo o lema do longa original. Por outro lado, a nova bandeira que surge agora é a do empoderamento feminino, ausente na primeira estória. Nesse sentido, Akeem está se tornando um rei tão conservador e machista como seus antecessores. Então, questionado pela esposa e pelo filho, ele percebe que as suas três filhas podem muito bem ser as novas sucessoras do trono.

O que se destaca positivamente em Um Príncipe em Nova York 2 são as performances cômicas da dupla Eddie Murphy e Arsenio Hall, que ainda continuam afiados. Então, conseguimos rir com as impersonificações, como comentamos antes, mas também com o final bollywoodiano. Nessa conclusão, +todos os personagens surgem cantando e dançando alegremente ao som do divertido cantor Randy Watson, vivido pelo próprio Eddie Murphy. Adicionalmente, nos créditos finais, o filme apela para conseguir risos com as cenas deletadas.

Apesar de Um Príncipe em Nova York 2 ainda divertir em alguns trechos, seu frágil enredo não compensa a viagem até Zamunda.  


Onde assistir:
Um Príncipe em Nova York 2 (filme)
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