Pesquisar
Close this search box.
Poster de "Um Tira da Pesada 4"
[seo_header]
[seo_footer]

Um Tira da Pesada 4: Axel Foley

Avaliação:
7/10

7/10

Crítica | Ficha técnica

O lançamento de Um Tira da Pesada 4: Axel Foley, pela Netflix, marca o aniversário de 40 anos do primeiro filme, e de 30 do terceiro. Muito tempo se passou, mas, logo de cara, ao mostrar uma cena de ação com o protagonista, impressiona a vitalidade que Eddie Murphy consegue manter nas telas. Parece que estamos numa viagem de volta aos anos 80 e 90. Essa é a proposta do diretor Mark Molloy, estreante no cinema com portfolio composto por vídeos corporativos (para Apple, Nissan, Johnnie Walker).

Pelo jeito, trabalhou nesse filme como sabe fazer, ou seja, pesquisando os elementos que remetem ao sucesso de Um Tira da Pesada (1984). Assim, nessa abertura, Axel Foley se encontra no meio de uma agitada perseguição de veículos, ao som de “Shakedown”, de Bob Seger. Dispensando a computação gráfica, que não era tão usada na época, essa e outras cenas de ação contam com truques práticos, executados com efeitos especiais e dublês. O que, sem dúvida, deixa tudo mais emocionante.

Além de Eddie Murphy, voltam à franquia Judge Reinhold (como Billy Rosewood), John Ashton (como o chefe de polícia Taggart), Paul Reiser (Jeffrey Friedman, aqui se aposentando) e Bronson Pinchot (como Serge).

The heat is on

Na trama, Foley sai de Detroit para Beverly Hills para ajudar seu amigo Rosewood, que sumiu durante uma investigação sobre policiais suspeitos. O caso está entrelaçado com Jane Saunders (Taylour Paige), a filha que Foley não vê há anos. Hoje, ela é a advogada de um homem injustamente acusado de matar um policial. O crime, na verdade, foi cometido a mando do corrupto capitão da polícia Cade Grant (Kevin Bacon), que está atrás de um cartão de memória em posse de Rosewood.

Completando o quadro de personagens, entra na história o detetive Bobby Abbott (Joseph Gordon-Levitt). Ex-namorado de Jane, Bobby ajuda Foley na investigação do caso. Além disso, incrementa o arco narrativo. Foley e Jane precisam se reconciliar, assim como Jane e Bobby, e ainda nasce um vínculo entre o protagonista e seu possível genro.

As piadas são surpreendentemente engraçadas, mesmo arriscando na comédia de trapalhadas (por exemplo, Foley mais de uma vez dirige um veículo ridiculamente inferior para as perseguições). As caretas (ou charme carismático) de Eddie Murphy, sempre vivendo um personagem meio malandro, funcionam até certo ponto, depois parecem se repetir demais. E, como sinal dos tempos, ele não se dá bem em todas as suas artimanhas, precisando dar espaço para Jane ou Bobby resolverem algumas questões.

Atualização necessária

Um Tira da Pesada 4: Axel Foley acerta também no tom de violência. Ao invés de se restringir a corpos voando pelos ares em explosões, como se costumava fazer, aqui tem até tiro na cabeça matando personagem importante. Da mesma forma, o uso de drogas ilícitas (cocaína) é explícito – e Kevin Bacon interpreta um vilão alucinado.

Em relação ao racismo, o filme contempla que Eddie Murphy é um astro de outra época. Assim, não cai na armadilha do politicamente correto que atrapalhou outro revival com o ator, Um Príncipe em Nova York 2 (2021). Embora critique aqui o racismo, não há panfletarismo, o que abre brechas para boas piadas sobre o assunto.

Por fim, reunindo os elementos que marcaram os filmes anteriores, sem deixar de se atualizar à contemporaneidade, Um Tira da Pesada 4: Axel Foley certamente agrada os antigos espectadores. E tem possibilidade de agradar aos novos.

___________________________________________

Ficha técnica:

Um Tira da Pesada 4: Axel Foley | Beverly Hills Cop: Axel F | 2024 | 115 min | EUA | Direção: Mark Molloy | Roteiro: Will Beall, Tom Gormican, Kevin Etten | Elenco: Eddie Murphy, Joseph Gordon-Levitt, Kevin Bacon, Judge Reinhold, John Ashton, Bronson Pinchot, Paul Reiser, Taylour Paige, James Preston Rogers.

Distribuição: Netflix.

Trailer dublado:

Onde assistir:
Cena de "Um Tira da Pesada 4"
Cena de "Um Tira da Pesada 4"
Compartilhe esse texto:

Críticas novas:

Rolar para o topo