“Vampiros de John Carpenter” revitaliza os filmes sobre essas criaturas. Para isso, deixa de lado a sensualidade creditada a elas, e leva para a tela seres impiedosos sedentos por sangue que matam com crueldade os humanos. Aliás, para acabar com um vampiro, nada de alhos ou crucifixos, somente a luz do sol e a estaca no coração são eficazes.
Apesar de poderosos, os vampiros podem ser eliminados, e essa é a função de Jack Crow (James Woods). O filme começa com Crow e sua equipe de oito pessoas limpando um salão abandonado ocupado por vampiros. No entanto, a missão exitosa é uma emboscada para que o mestre dos vampiros os encontrasse para dizimá-los.
E, o mestre faz isso com facilidade durante a festa pelo triunfo. No fim, os únicos sobreviventes são Crow e Anthony Montoya (Daniel Baldwin), que levam junto Katrina (Sheryl Lee), uma prostituta que foi mordida pelo mestre. Já o chefe de Crow é o cardeal Alba (Maximilian Schell), que o ordena a ir atrás do mestre, com a ajuda do padre Adam Guiteau (Tim Guinee).
Influente
Embalado pela trilha repleta de rock, composta pelo próprio John Carpenter, “Vampiros” cria imagens que influenciariam vários filmes posteriores sobre esses seres. Por exemplo, repare nas cenas em que o mestre caminha à frente dos outros vampiros. Estão todos vestidos com roupas normais, sem maquiagem exagerada, mas ainda assim assustadores, em câmera lenta.
Ademais, é uma gangue, como aquela de “Cães de Aluguel” (1992). Com isso, os vampiros recebem uma caracterização mais convincente que aqueles vampiros tradicionais vestindo capa e se transformando em morcego. Aliás, as cenas dos vampiros saindo de dentro da terra são inesquecíveis.
Sob certos aspectos, o filme segue a mesma trilha de “Um Drink no Inferno” (1996), dirigido por Robert Rodriguez e escrito por Quentin Tarantino. Ambos são violentos, com imagens gore e muito sangue, rápidos, usam vampiros extremamente impiedosos. Além disso, ainda encontram nos desertos do oeste americano a paisagem perfeita para o combate entre homens e vampiros.
Enfim, esqueça as péssimas atuações de James Woods e Daniel Baldwin, “Vampiros de John Carpenter” tem muito mais a oferecer.
