Pesquisar
Close this search box.
Vidro (2019)
[seo_header]
[seo_footer]

Vidro

Avaliação:
7/10

7/10

clique no botão abaixo para ouvir o texto

Crítica | Ficha técnica

Depois de Corpo Fechado (2000) e Fragmentado (2016), chegou a vez do Sr. Vidro (Samuel L. Jackson) ganhar seu filme. Pelo menos, formalmente, já que no filme Vidro ele divide o espaço com os outros dois super humanos, David Dunn (Bruce Willis) e Dennis Crumb (James McAvoy), todos crias do diretor M. Night Shyamalan.

Logo na parte inicial do filme, acontece o esperado confronto entre Dunn e Crumb na persona da Besta, um embate equilibrado que não se resolve porque a polícia intervém, conduzida pela Drª Ellie Staple (Sarah Paulson). Os dois são levados para uma clínica prisional para pessoas com distúrbios mentais, especificamente para aquelas que pensam possuir superpoderes. Por esse motivo, o Sr. Vidro está também aprisionado lá dentro.

Fazendo jus ao protagonismo no título do filme, o Sr. Vidro é quem arquiteta o plano de fuga deles, cujo propósito maior é revelar ao mundo que super humanos existem. Esse planejamento por parte desse vilão já era antecipado, pois seu grande poder é o intelecto, enquanto o de Dunn é a força física e o de Crumb o instinto animal.

Acertos e erros de Shyamalan

Apesar da distância de dezenove anos do primeiro filme para este, Shyamalan, como produtor (ao lado de Jason Blum e outros), consegue manter a continuidade que preserva o elo da estória ao trazer os mesmos atores secundários dos filmes anteriores: Charlayne Woodard como a mãe do Sr. Vidro, Spencer Treat Clark como o filho de David Dunn, agora um rapaz adulto, e a garota Anya Taylor-Joy como a vítima de Fragmentado. Além disso, flashbacks percorrem o passado dos personagens, acrescentando detalhes que explicam com maior profundidade o que os levou a se tornarem o que são, como a revelação surpresa na sequência que revisita o acidente de trem ao qual Dunne sobreviveu.

Infelizmente, Shyamalan não recorre sempre ao recurso imagético para contar a estória. Pelo contrário, opta por muito falatório, principalmente da personagem Drª Ellie Staple, que é insuportável. Nesse sentido, a pior cena é o primeiro encontro dos três protagonistas, quando ela insiste em explicar exaustivamente sua teoria para desacreditar os superpoderes.

Além disso, o filme Vidro cai num ritmo arrastado também por exagerar na exposição das transições de personalidades do esquizofrênico Crumb. Dessa forma, tenta aproveitar a boa repercussão que a performance de James McAvoy obteve no filme anterior. Até mesmo quando  está à beira da morte, ele protagoniza uma longa sequência de alterações de persona.

Por outro lado, Vidro acerta ao concluir, inevitavelmente, com uma tragédia. No entanto, com uma reviravolta que tocará o coração dos amantes de HQs, paixão que originou a saga e que foi o charme que faltou em Fragmentado.

Em suma, o filme Vidro não alcança o mesmo nível de Corpo Fechado, mas empolga muito mais que Fragmentado.

 

Vidro (2019)
Vidro (2019)
Compartilhe esse texto:

Críticas novas:

Rolar para o topo