Clara Sola (foto), Compartment nº 6, Pequena Palestina e Diário de um Cerco foram os escolhidos pelo Júri Oficial.
Urubus, Onoda – 10 Mil Noites na Selva, Summer of Soul (…ou, Quando a Revolução Não Pôde ser Televisionada) e O Melhor Lugar do Mundo É Agora foram as escolhas do público.
A entrega dos prêmios da 45ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo foi realizada durante a cerimônia de encerramento na noite desta quarta-feira, 03 de novembro de 2021, no Vale do Anhangabaú, embaixo do Viaduto do Chá. O Prêmio Leon Cakoff foi entregue à atriz, diretora e produtora baiana Helena Ignez. A solenidade foi apresentada por Renata de Almeida e por Serginho Groisman, e contou com a presença dos brasileiros premiados e de personalidades do meio cultural.
TROFÉU BANDEIRA PAULISTA: PRÊMIO DO JÚRI INTERNACIONAL
Os filmes da seção Competição Novos Diretores mais votados pelo público foram submetidos ao Júri formado por Beatriz Seigner, Carla Caffé e Joel Zito Araújo, que escolheu Clara Sola como melhor filme, Wendy Chinchilla Araya (Clara Sola) como melhor atriz e Yuriy Borisov (Compartment nº 6) como melhor ator, além de premiarem com Menção Honrosa Pequena Palestina, Diário de um Cerco. Outras obras foram escolhidas pelo público e pela crítica brasileira. Os filmes receberam o Troféu Bandeira Paulista (uma criação da artista plástica Tomie Ohtake).
PRÊMIO PROJETO PARADISO
Todos os diretores que tiveram títulos selecionados para a Mostra Brasil poderiam inscrever um novo projeto para concorrer a um prêmio oferecido pelo Projeto Paradiso, uma iniciativa do Instituto Olga Rabinovich. A bolsa, no valor de R$ 30 mil, é destinada ao roteirista do projeto em fase de desenvolvimento e inclui ainda mentorias, coaching para o produtor, workshop de audiência e participação em mercados internacionais.
O projeto premiado neste ano foi Entre Espelhos, com produção de Ailton Franco e roteiro de João Braga.
PRÊMIO DO PÚBLICO
O público da 45ª Mostra escolheu, entre os estrangeiros, Onoda – 10 Mil Noites na Selva, como melhor filme de ficção, e Summer of Soul (…ou, Quando a Revolução Não Pôde ser Televisionada), como melhor documentário. Entre os brasileiros, O Melhor Lugar do Mundo É Agora foi o melhor documentário e Urubus recebeu o prêmio de melhor ficção.
A escolha do público é sempre feita por votação. A cada título assistido, o espectador vota em uma escala de 1 a 5, sempre ao final do filme. O resultado proporcional dos títulos com maiores pontuações determinou os vencedores.
PRÊMIO DA CRÍTICA
A imprensa especializada que cobre o evento e tradicionalmente confere o Prêmio da Crítica, também participou da premiação elegendo Urubus como o melhor filme brasileiro e O Compromisso de Hasan como o melhor estrangeiro.
Dirigido por Cláudio Borelli, o longa Urubus foi escolhido pela crítica “porque conseguiu captar com suas lentes a urgência jovem que pode ser entendida como uma urgência do próprio cinema brasileiro nos dias de hoje. Se o outro diz que quanto mais alto maior a queda, neste filme, quanto mais alto o pixo, maior a letra de suas assinaturas, de seu rastro de arte, de vida e de resistência.”
Já o longa estrangeiro foi O Compromisso de Hasan, de Semih Kaplanoglu, escolha assim justificada pelo júri da crítica: “Nesta quadra da história do cinema, parece desnecessário elogiar a perfeição técnica e a beleza visual de um filme, mas a fotografia do filme turco O Compromisso de Hasan, de Semih Kaplanoglu, é das mais belas do cinema. Esse rigor formal é colocado a serviço de um drama forte, o que parece ser a luta de Davi e Golias. Um agricultor luta contra o Estado em defesa de suas terras. A história fica ainda mais complexa quando entra o conflito familiar”.
PRÊMIO DA ABRACCINE
A Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema também realiza tradicionalmente uma premiação que escolheu o melhor filme brasileiro entre os realizados por diretores estreantes. Neste ano, o eleito foi o longa A Felicidade das Coisas, de Thais Fujinaga.
“O filme foi escolhido pela tessitura do cotidiano e do político no retrato de uma família de classe média brasileira que se revela em gestos, afetos, faltas e frustrações, sobretudo a aflição materna em um cenário – e país – à beira do abismo”.
Júri – Prêmio Abraccine: Diego Benevides (CE), Lorenna Montenegro (PA), Raquel Gomes (MG)
PRÊMIO BRADA | Melhor Direção de Arte
O Prêmio BRADA de Direção de Arte ou Production Design como se credita a função internacionalmente, vai para o filme Clara Sola. Parabéns para Amparo Baeza, Agustin Moreaux e toda equipe que se dedicou a esse projeto.