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A Bolha (filme)
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A Bolha

Avaliação:
4/10

4/10

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Crítica | Ficha técnica

O humor grosseiro de Judd Apatow chega à Netflix em formato de longa-metragem com A Bolha. Antes, já marcara presença com a série Love (ele é um dos cocriadores) e com a sua apresentação de stand-up Judd Apatow: O Retorno. No cinema, Apatow despontou logo em sua estreia, com O Virgem de 40 Anos (The 40 Year Old Virgin, 2005), protagonizado por Steve Carell. Mas, seu match perfeito foi com a desbocada Amy Schumer, com quem fez Descompensada (Trainwreck, 2015).  

O mote principal de A Bolha é a pandemia da Covid-19. O filme acompanha as filmagens do fictício “Feras do Abismo 6”, nova sequência de uma franquia de sucesso hollywoodiano. A equipe e o elenco se reúnem em um local isolado na Inglaterra, com, teoricamente, todos os cuidados necessários nessa crise sanitária. Porém, o diretor estreante, sob severas ordens superiores do estúdio, logo se transforma num tirano.

Piadas (de novo) com a pandemia

A maior parte do humor faz referências à pandemia, e seu consequente isolamento e restrições. O problema é que já vimos essas piadas antes, em outros filmes ou mesmo nas redes sociais. Fica difícil rir de novo a respeito das mesmas situações que já nos fizeram (ou não) rir meses atrás. Por falar nas redes sociais, elas são a segunda vítima do sarcasmo aqui. Esse assunto gera momentos melhores, pois A Bolha consegue apontar a futilidade dessa cultura instantânea, em especial com a personagem Krystal Kris (Iris Apatow, filha do diretor). Celebridade das redes, ela não é atriz, mas está no filme porque tem mais de cem milhões de seguidores. Já a metalinguagem, que poderia render tiradas inteligentes em relação ao processo de filmagem, não ganha muita atenção. Ainda assim, dá para achar graça na cena em que os atores passam mal enquanto escalavam uma montanha filmando em chroma key.

Muito tempo se perde com piadas sem graça. Por exemplo, as longas cenas de dancinhas para ironizar esse fenômeno das redes sociais. Mas, com isso, o filme parece interminável em suas mais de duas horas de duração. Pelo menos, os últimos 30 minutos engrenam uma narrativa mais bem elaborada, quando os atores descobrem quem realmente são, desconstruindo suas imagens públicas. Nesse sentido, a cena com os rostos trocados por de outros, que revelam suas personalidades (um deles fica com a cara do Benedict Cumberbatch), mostra um pouco de criatividade por parte dos criadores do filme. No entanto, é pouco, e mesmo os fãs da baixaria característica de Judd Apatow ficarão entediados.    


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