A Dama do Cine Shangai (1987) é uma homenagem ao film noir realizada pelo diretor brasileiro Guilherme de Almeida Prado. Até no título, que deriva de A Dama de Shangai (The Lady from Shangai, 1947), de Orson Welles.
O diretor Guilherme de Almeida Prado é engenheiro civil de formação. Ingressou no cinema através das produções da Boca do Lixo, como assistente de direção de Ody Fraga em E Agora José – Tortura do Sexo (1979). Por isso, estreou na direção justamente nessa indústria paulistana, com As Taras de Todos Nós (1981), filme com vários segmentos. Mas, seu reconhecimento veio com seu segundo filme, Flor do Desejo (1983), ambientado no submundo da prostituição. Em seguida, a consagração veio com A Dama do Shangai, que recebeu vários prêmios no Festival de Gramado (incluindo melhor filme e melhor direção). Além disso, o SESC Melhores Filmes o premiou pela votação do público e da crítica.
Sobre A Dama do Cine Shangai, assim escreveu Ricardo Cota, em matéria publicada na revista Cinemin (edição nº45, pág. 8, julho de 1988), na época do seu lançamento em circuito comercial :
“A Dama do Cine Shangai é um filme que certamente irá impressionar mais pela plástica do que pelo conteúdo. E não há problema algum nisto, já que o Cinema nacional, sem patrulhas, transformou-se (parodiando a música de Caetano Veloso para Dedé Mamata) num Cinema ‘masculino, feminino, plural’. Trata-se da trajetória de Lucas (Antônio Fagundes), um corretor de Imóveis que, ao entrar num velho cinema do Centro de São Paulo para assistir a um filme policial, conhece Suzana (Maitê Proença), parecidíssima com a atriz do filme. Inicia-se, então, uma aventura de intriga e suspense.”
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Ficha técnica:
A Dama do Cine Shangai | 1987 | Direção e roteiro: Guilherme de Almeida Prado | Elenco: Maitê Proença, Antônio Fagundes, José Lewgoy, Jorge Dória, José Mayer, Miguel Falabella, Sérgio Mamberti, Matilde Mastrangi, Imara Reis.
Distribuição: Embrafilme.
