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A Freira (filme)
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A Freira

Avaliação:
8/10

8/10

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Crítica | Ficha técnica

Descubra o segredo que explica o sucesso de bilheteria do filme A Freira.

O prólogo faz a conexão com Invocação do Mal 2 (2016), do qual A Freira é um spinoff, destacando a aparição do ser sobrenatural do título, cuja origem será desvendada. Já é o sétimo filme desse universo criado por James Wan.

Estamos na Romênia, em 1952, onde uma jovem freira se enforca em um monastério muito antigo em um vilarejo. Para investigar esse estranho caso, o Padre Burke chega com a Irmã Irene, uma jovem noviça que tem visões que podem ajudar nessa missão. Frenchie, o rapaz local que encontrou o corpo os guiará até o local e acabará auxiliando a dupla. Aos poucos, à medida que as assombrações vão aumentando, o mistério vai sendo desvendado.

Nesse convento, na Idade Média, seu proprietário abriu o portal para o inferno, de onde surge o mal que apavora o local hoje. Então, para fechá-lo novamente, os três investigadores de ocasião precisarão encontrar o recipiente onde estão restos do sangue de Cristo.

Atmosfera assustadora

A Freira consegue criar uma atmosfera assustadora no antigo convento. De fato, o cenário por si só é aterrorizante, e a fotografia realça esse aspecto investindo numa paleta de cores que puxa para o verde musgo. Os interiores parecem iluminados por lamparinas, dando aquele efeito de revelar o mínimo e deixar o restante por conta do espectador. A trilha sonora é constituída por cantos gregorianos submetidos a efeitos de distorção.

Para completar, a personagem título possui uma maquiagem arrepiante, bem aproveitada quando a vemos rapidamente, às vezes em passagens rápidas laterais, como os fantasmas de O Sexto Sentido (1999). Depois, fica melhor ainda na cena em que a assombração toma forma de uma sombra caminhando.

Porém, conforme o filme avança, mais somos expostos às figuras do além. E o cinema já confirmou que quanto menos se exibe, mais se abre oportunidades para a imaginação do espectador, e mais medo este sentirá.  Então, aqui o público se acostuma às maquiagens horripilantes.

Mudança de tom

O diretor Corin Hardy dirige aqui seu segundo longa-metragem, tendo feito antes A Maldição da Floresta, em 2015. E, talvez inspirado pela sequência final de Os Caçadores da Arca Perdida (1981), muda o tom do filme a partir do momento em que o espectador se acostuma com as assombrações. Enquanto o medo diminui, Hardy aumenta o investimento na ação. Por isso, acelera o ritmo nas cenas em que os protagonistas correm atrás do sangue imaculado para combater o ser que vem do inferno.

Assim, com uma primeira parte com muito terror e uma segunda no gênero aventura, A Freira agradou a um público mais amplo. Como resultado, arrecadou mais de 117 milhões de dólares.

Aliás, o roteiro poderia ter mencionado uma relação de parentesco entre a Irmã Irene e Lorraine Warren, a protagonista de Invocação do Mal, talvez como mãe e filha. Dessa forma, aproveitaria o fato de, na vida real, as duas serem irmãs. Mas, isso é apenas um detalhe, mais uma curiosidade.

O que importa mesmo é que A Freira realmente dá medo e ainda possui uma alta dose de ação. É o filme mais aterrorizante de 2018.


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