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A Rainha Margot (filme)
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A Rainha Margot

Avaliação:
8/10

8/10

Crítica | Ficha técnica

As cartelas de abertura do épico francês A Rainha Margot (La Reine Margot, 1994) situam o sangrento momento histórico do filme: “Dez anos de Guerras Religiosas lançaram a França para o lixo. Os católicos, liderados pelo Duque de Guise, lutaram contra os huguenotes (que são os protestantes calvinistas), liderados pelo Almirante Coligny. Uma mulher governa o reino: a católica Catherine de Médici. Uma vez rainha, ela é agora a regente, governando para seu filho, o frágil rei Charles IX. Favorecendo o irmão mais novo, Anjou, ela tolera o mais jovem, Alençon. Mas é a bela irmã Margot que se sacrifica pela paz da França. Casando-a com o huguenote Henry de Navarre, assim ela espera reconciliar os seguidores de Guise e Coligny.”

Um casamento para a paz

O que se segue é um relato visceral desse período que culmina no massacre de seis mil protestantes na Noite de São Bartolomeu. O enredo começa no luxuoso casamento entre Margot (Isabelle Adjani) e Henri de Navarre (Daniel Auteuil). Já nessa sequência, fica evidente a produção grandiosa. São centenas de extras, todos devidamente vestidos em figurinos de época. As filmagens acontecem em locação, mas a direção de arte faz questão, e isso fica mais óbvio ao longo do filme, de levar para a tela a sensação de ambientes rústicos. De fato, era uma época de iluminação capenga e sujeira por todo lado. Aliás, não só fisicamente, mas também nas ideias das pessoas.

Margot e Henri se casam apenas para apaziguar os conflitos religiosos. Ambos, na verdade, amam outras pessoas, e em acordo pré-nupcial informal, combinam que os cônjuges não vão ter relações sexuais entre si. Mas este é apenas um dos aspectos que fada essa relação ao fracasso. Além disso, e mais importante ainda, pesam as maquinações da regente Catherine de Médice para que seus filhos não percam seus poderes.

Terror nas ruas de Paris

Dirigido por Patrice Chéreau, A Rainha Margot é um filme denso. Mostra as intrigas dos bastidores da política, mas não deixa de fora as consequências práticas nas ruas. As selvagerias dos conflitos religiosos entre católicos e protestantes deixam pilhas de mortos nas ruas de Paris. O orçamento generoso permite a colocação de dezenas de corpos ensanguentados, bem como detalhes brutais que às vezes aproximam o longa do terror gore – a cena final, em especial. Mas a intenção, entendemos, não é assustar, e sim escancarar esse episódio escandaloso e triste para que a História não a repita. O impacto é devastador, e levou o filme ao Prêmio do Júri no Festival de Cannes.

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Sinopse:

O filme se passa na noite de 24 de agosto de 1572, conhecida como o Massacre de São Bartolomeu. Na França, onde uma guerra religiosa está ocorrendo e para impor a paz entre católicos e protestantes, um casamento forçado é organizado entre Margot de Valois, irmã do imaturo rei católico Carlos IX, e o rei huguenote Henri de Navarra. Catarina de Médicis mantém seu poder nos bastidores, ordenando ataques, envenenamentos e instigações ao incesto.

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Ficha técnica:

A Rainha Margot (La Reine Margot) 1994. França/Itália/Alemanha. 159 min. Direção: Patrice Chéreau. Roteiro: Danièle Thompson, Patrice Chéreau. Elenco: Isabelle Adjani, Jean-Hugues Anglade, Daniel Auteuil, Virna Lisi, Vincent Perez, Asia Argento.

Onde assistir:
A Rainha Margot (filme)
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