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A Vida é uma Dança

Avaliação:
6/10

6/10

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Crítica | Ficha técnica

A Vida é uma Dança se destaca pela direção da pioneira Dorothy Arzer, bem como pela atuação de Lucille Ball num papel bem diferente de sua carreira futura.

Mescla de gêneros

Essencialmente, o filme mescla doses equilibradas de musical, drama e comédia em uma estória que foge das fórmulas engessadas desses gêneros. Apesar disso, a primeira metade parece indicar o contrário, ou seja, que seguiremos uma trama que já vimos em várias outras produções. Então, temos Maureen O’Hara interpretando a dançarina comportada Judy O’Brien, que deseja seguir uma carreira no balé clássico. Sua colega Bubbles tem perfil oposto, é uma dançarina sensual, que consegue sucesso no teatro burlesco. Quem faz o papel dessa personagem provocante é Lucille Ball, a futura atriz cômica protagonista das séries I Love Lucy, The Lucy Show e Here’s Lucy, entre outras similares. Assim, para aqueles que a conhecem como a personagem atrapalhada dessas séries, é divertido, e inesperado, ver a atriz como uma sedutora malandra.

Então, Bubbles convida Judy para servir como “escada” para seu show. Dessa forma, ela entra antes com um número de dança clássica e recebe vaias do público que deseja ver um espetáculo de vaudeville. Judy aceita porque precisa do dinheiro. Em seguida, as duas disputarão o coração de um ricaço que está divorciado.

Audaciosa

O filme começa a quebar a lengalenga dessa primeira parte quando Judy passa a demonstrar sua personalidade forte, à frente de seu tempo. Assim, A Vida é uma Dança se torna acima da média a partir do momento em que Judy confronta o público zombeteiro do teatro e joga umas verdades na cara dos homens que ali estão. Depois, por não ser vítima dos charmes do galã, tal qual as mocinhas típicas das comédias hollywoodianas da época. Aliás, o galã nem é tão galã assim, pois o intérprete é o insosso Louis Haward, ator juvenil que não deu certo quando adulto. Além disso, porque o final feliz de Judy não termina em um casamento. Pelo contrário, indica o início da carreira como bailarina profissional. Como resultado, pode-se dizer que Judy é uma das primeiras personagens feministas do cinema.

Com isso, A Vida é uma Dança fica acima da média por conta da direção feminina de Dorothy Arzner. Destacadamente, a única diretora durante a Era de Ouro dos grandes estúdios de Hollywood.


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