Acima de tudo, o maior atrativo de Ad Astra: Rumo às Estrelas está nas sugestões de avanços tecnológicos que poderão vingar num futuro próximo. A humanidade conquistou o espaço, e pode viajar para planetas além do sistema solar, como Netuno, destino da jornada do herói do filme.
Roy McBride (Brad Pitt) trabalha numa estação espacial. Quando acontece uma falha de energia, explosões matam e ferem vários trabalhadores do local. Roy despenca para a Terra, mas sobrevive. Então, o governo o convoca para a missão de ir até Netuno verificar se o comandante da base local, seu pai, ainda se encontra vivo. Há desconfiança de que ele seja o responsável pelos problemas de energia que estão afetando as estações espaciais da Terra.
Cabe à computação gráfica criar os cenários, que são belíssimos, assim como são impressionantes os efeitos visuais e especiais. Contudo, o ritmo do filme é lento, mais próximo de filmes de ficção científica cerebrais, como 2001: Uma Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick. Há trechos mais movimentados, pulverizados ao longo de suas duas horas de duração. Por exemplo, o filme traz acidentes, explosões, ataques de símios, e astronautas se locomovendo no espaço sideral. Aliás, como em Gravidade, de Alfonso Cuarón, mas sem o mesmo impacto.
História fraca
Porém, esses momentos de ação não compensam a história fraca. Ad Astra: Rumo às Estrelas procura ilustrar um aprofundamento psicológico na trama, na óbvia dificuldade de relacionamento de Roy McBride com seu pai, que, claro, será resolvido no espaço, na conclusão do filme. Essa preocupação acaba por limar da trama a figura de um vilão que o protagonista precisa enfrentar. Além disso, como não há uma sólida construção do personagem, o público acaba não se interessando muito por ele e, consequentemente, pelo filme.
Assim, recomendamos Ad Astra: Rumo às Estrelas apenas aos fãs de ficção científica “hard”. Ou seja, aqueles que preferem um filme embasado em teorias científicas do futuro a uma aventura espacial movimentada.
