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Alien: Covenant (filme)
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Alien: Covenant

Avaliação:
8/10

8/10

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Crítica | Ficha técnica

O terror em “Alien: Covenant”, prequel de “Alien”

Prometheus” (Prometheus, 2012) já elucidara a origem do alienígena de “Alien, o Oitavo Passageiro” (Alien, 1979) e suas sequências. Então, restou a “Alien: Covenant” detalhar o paradeiro dos dois únicos sobreviventes da missão de Prometheus. São eles: a Dra. Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) e o androide David (Michael Fassbender). Além disso, explicitar quem especificamente criou o monstro que Ripley combateu, e como se deu essa criação.

A trama

Anos após o desfecho de “Prometheus”, a espaçonave colonizadora Covenant carrega dois mil embriões com destino a um planeta onde os humanos poderão criar uma nova civilização. No entanto, uma mensagem perdida no espaço atrai a atenção de seus tripulantes para um outro planeta com condições mais semelhantes à da Terra, e com localização muito mais próxima.

Então, tal qual ocorreu com o pessoal da Nostromo do filme de 1979, eles descem para averiguar o local. Lá, dois deles são infectados por um vírus que acaba incubando um ser que mata o hospedeiro e ataca os seres vivos ao redor, para continuar se alimentando. Quem salva esses humanos é o robô David, que vive sozinho nesse mundo após a morte de Elizabeth Shaw.

Porém, descobre-se que ele conduz sinistras experiências para evoluir a criatura oriunda do vírus. Logo, caberá a Daniels (Katherine Waterston, de “Animais Fantásticos e Onde Eles Habitam”) substituir os líderes da tripulação para combater esse monstro e salvar a colônia de embriões da Covenant. Nessa empreitada, David será seu grande rival, disposto a concretizar em larga escala suas experiências.

Visual assustador

Já o visual de “Alien: Covenant” continua assustador. E isso percebemos a partir do momento em que o filme apresenta a nave espacial criada por H. R. Giger, quase concomitante com o aparecimento dos primeiros monstros alienígenas incubados na tripulação.

De fato, algumas cenas praticamente repetem situações semelhantes de “Alien, o Oitavo Passageiro”. Por exemplo, tripulação adormecida, descoberta de um sinal perdido no espaço, chegada a um planeta desconhecido onde encontram uma espaçonave com formato singular, dúvidas sobre se o androide pode ser confiável. Da mesma forme, temos o alienígena incubado que sai do estômago do hospedeiro humano, a personagem feminina como principal protagonista, bem como o combate dentro da nave colonizadora usando os vários compartimentos de acesso até a tentativa de jogar o monstro no espaço.

O que surpreende neste novo filme é o emprego de situações típicas de filme de terror, como o ataque ao casal que está fazendo sexo no chuveiro, clichê que vem desde o primeiro longa da franquia Halloween, lançado em 1978. Nesse sentido, a cabeça de uma das vítimas boiando na água também é outro exemplo do horror evidenciado no filme.

Completando as lacunas

Para o espectador que acompanha os filmes de “Alien”, o preenchimento de algumas lacunas que elucidam a criação desses seres aterrorizantes causa satisfação. Aliás, a mesma que se sente quando se estuda algum assunto e progressivamente a compreensão se torna mais completa.

No entanto, o tom de “Alien: Covenant”  não fará ninguém sair do cinema otimista. Afinal, o que se vê nas telas é a humanidade pagando pelos seus próprios erros.

Trata-se de uma crítica que o cinema destaca desde “Godzilla” (Gojira, 1954), e que inspirou a banda Blue Öyster Cult a escrever o refrão da música dedicada ao monstro japonês com as seguintes palavras: “Hystory shows again and again how nature points out the folly of men”, que se encaixa no tema desse filme em pauta.

Por fim, mantendo esse clima, Ridley Scott não encerra “Alien: Covenant” com uma conclusão aberta. Ele fecha essa porta porque o seu objetivo é produzir mais duas prequels.


Alien Covenant (filme)
Katherine Waterston (Daniels) e Michael Fassbender (Walter)
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