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Amores Parisienses (filme)
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Amores Parisienses

Avaliação:
6/10

6/10

Crítica | Ficha técnica

“Amores Parisieneses”, o musical de Alain Resnais

“Amores Parisienses” é um musical, mas um musical dirigido por Alain Resnais, o cineasta por trás de “Hiroshima Meu Amor”, “O Ano Passado em Marienbad”, “Meu Tio da América”, entre outros. Portanto, espere uma abordagem singular desse gênero essencialmente hollywoodiano.

Os créditos iniciais são indício do tom leve e engraçado do filme. Afinal, os nomes dos atores aparecem ao lado de figuras contendo o rosto dos artistas colado ao corpo desenhado. Em seguida, há um prólogo que satiriza um filme de guerra. Um militar nazista atende ao telefone e recebe a ordem de destruir Paris. Ele se nega, e a resposta, para surpresa do público, é cantada em voz finíssima.

Canções francesas

O humor de “Amores Parisienses” está no uso inesperado de canções francesas famosas. Mas, não em longos trechos, como nos clássicos norte-americanos. Aqui, geralmente surgem no término de uma situação, equivalendo ao final surpreendente de uma piada, com uso de nonsense. Para tornar ainda mais engraçado, e surpreendente e nonsense, em alguns trechos Resnais coloca uma canção interpretada por uma voz que não combina com o ator que a está supostamente cantando, às vezes até usando versões com gênero diferente. Ou seja, de repente, um ator canta com voz de mulher, e vice-versa.

Contudo, para o público brasileiro, e talvez para todos que não sejam franceses, parte da graça se perde. Afinal, um dos aspectos humorísticos do filme repousa na revelação da escolha de cada uma das canções inseridas no musical. Enfim, como entrega o próprio título original (“On Connaît la Chanson”/”Conhecemos a canção”). Isso porque são músicas que os franceses conhecem bem. Imagine se fosse um filme brasileiro e, de repente, o ator começa a cantar “Águas de Março” ou “Asa Branca”, só para exemplificar.

O título nacional, “Amores Parisienses”, aliás, dá a falsa ideia de que se trata de um filme romântico com várias estórias de amor, no estilo “Nova York, Eu Te Amo” (New York, I Love You, 2008). Porém, a estória do filme de Resnais gira em torno de Odile (Sabine Azéma, que foi casada com o diretor) e sua irmã Camille (Agnès Jaoui, co-roteirista do filme), que se envolve com o corretor que está vendendo um apartamento para Odile.

Em suma, “Amores Parisienses” é um Alain Resnais leve, porém original.


Ficha técnica:

Amores Parisienses (On Connaît la Chanson, 1997) França/Suíca/Reino Unido/Itália, 120 min. Dir: Alain Resnais. Rot: Jean-Pierre Bacri, Agnès Jaoui. Elenco: Pierre Arditi, Sabine Azéma, Jean-Pierre Bacri, André Dussolier, Agnès Jaoui, Lambert Wilson, Jane Birkin, Jean-Paul Roussillon, Nelly Borgeaud, Götz Burger, Jean-Pierre Darroussin, Charlotte Kady, Jacques Mauclair, Pierre Meyrand, Claire Nadeau.

Onde assistir:
Amores Parisienses (filme)
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